O
espírito é uma entidade distinta da alma, que, às vezes, se confunde com ela. A
passagem de Eclesiastes 12.7: "e o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a Deus, que o deu" é um exemplo. Obviamente está falando da
morte dos justos, pois o espírito também peca: "purifiquemo-nos de toda
imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de
Deus" (2 Co 7.1).
As
palavras hebraicas para espírito são ruach e n'shimah, no Velho
Testamento; e a grega pneuma, no Novo Testamento. O espírito veio de
Deus: "Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que
forma o espírito do homem dentro dele" (Zc 12.1), é por isso que o homem
tem sede de Deus. Isso também explica o fenômeno da religiosidade humana como
fato universal e incontestável. Disse o salmista: "Como o cervo brama
pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando entrarei e me apresentarei ante a
face de Deus?" (SI 42.1,2). Esse é o canto da humanidade.
Todo
o ser humano é religioso por natureza. O homem tem anseio pelas coisas de Deus
e sente o desejo de buscá-lo. Há tribos que nem sequer usam roupas, nem sabem
edificar uma casa; há outras, ainda, que não têm conhecimento suficiente para
acender um fogo; entretanto, nenhuma há que não tenha suas crenças num ser
superior. Por mais horrível que seja seu culto, por mais primitiva e degradada
que seja essa crença, há contudo um denominador comum: o anseio e a busca de
Deus, como canta o salmista.
O espírito do homem, portanto, veio de Deus e tem
anelo por Ele. Disse Santo Agostinho: "O Deus! tu nos fizeste para ti
mes-mo, e a nossa alma não achará repouso, até que volte a ti". Assim, se
não há quem pregue a verdade do evangelho, o homem inventa para si sua própria
religião e fabrica para si suas próprias divindades para adorá-las. O diabo se
aproveita dessas religiões para enganar as pessoas.
Referência: Esequias Soares – Manual Apologética
–CPAD.
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