sexta-feira, 29 de novembro de 2019

4 - O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)




É uma síndrome de base genética bastante relevante. Trata-se de um transtorno de neurodesenvolvimento. Está relacionada com a regulação de um determinado conjunto de funções cerebrais e comportamentos  relacionados. É caracterizada por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento.

Pesquisas apontam que aproximadamente 5% dos adultos têm TDAH. Isso representa mais de 10 milhões de pessoas no Brasil. Ocorre em homens e mulheres e, na maioria dos casos, persiste ao longo da vida, não estando limitado a crianças.

Uma vez que o TDAH é uma condição neurocomportamental, não há cura e a maioria não supera. Aproximadamente dois terços ou mais de crianças com TDAH continuam a ter sintomas e desafios na idade adulta que requerem tratamento.

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: desatenção e hiperatividade/ Os tratamentos incluem psicoterapia e em alguns casos o uso de medicamentos. De acordo com o Instituto Paulista de Déficit de Atenção, a Ritalina
(metilfenidato) é a alternativa medicamentosa mais comum para TDAH.

O TDAH é uma síndrome - um conjunto de sintomas - com causas multifatoriais, entre eles a base orgânica neurológica, a história pessoal de desenvolvimento familiar, o estilo de vida, as circunstâncias presentes, entre outras. Por isso, não existe uma solução única e definitiva para os problemas. Apesar dessa complexidade, há diversas alternativas de tratamento, que podem aliviar os sintomas, melhorando muito a qualidade de vida. Mesmo que não possa ser “curado”, o TDAH pode e deve ser bem gerenciado.

Na infância em geral, se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas” apresentando problemas de comportamento, dificuldades com regras e limites. Em adultos,
ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória. São inquietos e impulsivos e têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento .

Referência: Tabela periódica dos transtorno emocionais(vittude).


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo.





 Refere-se a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal, bem como por forças e diferenças únicas.

Não há “cura” para o Autismo. No entanto, há uma série de estratégias e abordagens úteis para melhores condições de vida. O tratamento do autismo envolve intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem   e/ou comunicação. O recomendado é que uma
equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção orientado a satisfazer as necessidades particulares de cada indivíduo.

Dentre alguns profissionais que podem ser necessários, podemos citar: psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores físicos.

Institutos de controle e prevenção de doenças americanos, como o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), estimam a prevalência do Transtorno do Espectro Autista como 1 em 68 crianças nos Estados Unidos. Isso inclui 1 em 42 meninos e 1 em 189 meninas. Esse mesmo instituto
afirma que hoje existe 1 caso de110 pessoas. Extrapolando esses números, estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 2 milhões de autistas. Aproximadamente 407 mil pessoas
somente no estado de São Paulo.

• Cerca de um terço das pessoas com autismo permanecem não-verbais.;
• Cerca de um terço das pessoas com autismo têm uma deficiência intelectual.;
• Certos problemas médicos e de saúde mental freqüentemente acompanham o autismo. Eles incluem distúrbios gastrointestinais, convulsões, distúrbios do sono, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ansiedade e fobias.

Seguem abaixo possíveis sinais de autismo em crianças e bebês:
• Por volta dos 6 meses de idade, nenhum sorriso social ou outras expressões quentes, alegres   dirigidas às pessoas;
• Até 6 meses, contato visual limitado ou inexistente; • Por volta dos 9 meses, nenhuma partilha de sons vocais, sorrisos ou outra comunicação não-verbal Com 12 meses, nenhum balbucio;
• Por volta dos 12 meses, nenhum uso de gestos para se comunicar (por exemplo, apontar, alcançar, acenar etc.);
• Com 12 meses, nenhuma resposta ao nome quando chamado;
• Por volta dos 16 meses, sem palavras;
• Em 24 meses, não há expressões significativas de duas palavras;
•Perda de qualquer discurso adquirido anteriormente, balbuciar ou habilidades sociais.

No autismo, a interação social está marcadamente prejudicada e deficitária por vários motivos: problemas sensoriais, atraso de linguagem, dificuldades para usar formas de comunicação e de perceber sentimentos, gestos e faces humanas.

Portanto, estimular e intervir precocemente nestes atrasos é prioritário, de preferência, antes dos 3 anos. Esta criança deve ser sempre colocada em atividades sociais, saindo de casa e indo para ambientes onde tem outras crianças. Sua
escolarização pode auxiliar neste processo, pois espontaneamente oferecerá atividades lúdicas, momentos de recreação, compartilhamento de tarefas, alimentação variada e direcionamento para regras e rotinas.

Referência: Tabela periódica dos transtorno emocionais(vittude).


domingo, 24 de novembro de 2019

Transtorno da Fluência (gagueira)




A fluência é o aspecto de produção da fala que se refere à continuidade, suavidade e esforço. É definida como a fala de fluxo contínuo e suave, que é decorrente de uma integração harmônica entre os processamentos neurais envolvidos na linguagem e    no ato motor.

 A gagueira, o transtorno de fluência mais comum, é uma descontinuidade no fluxo de fala caracterizada    por   repetições (sons,
sílabas, palavras, frases), prolongamentos de som, blocos, interjeições e revisões, o que pode afetar a velocidade e o ritmo da fala. Essas disfluências podem ser acompanhadas por tensão física, reações negativas, comportamentos secundários de sons, palavras ou situações de fala.

Além da Gagueira, outros dois transtornos menos conhecidos estão englobados dentro do conceito de fluência: a taquilalia e taquifemia. Ambos estão relacionados a uma taxa de articulação (velocidade de fala)   elevada,  suficientemente intensa para prejudicar a inteligibilida.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Fluência, a incidência da Gagueira é de 5% na população brasileira. Isso significa dizer que mais de 10 milhões de pessoas são afetadas pela gagueira durante o desenvolvimento da linguagem no Brasil. A prevalência da gagueira é de 1%, ou seja, cerca de 2 milhões de brasileiros gaguejam de forma crônica (há anos ou décadas)

A gagueira não é um distúrbio emocional ou afetivo e sim, um  ddistúrbio neuroquímico que afeta as estruturas pré-motoras da fala. Por isso, é importante procurar um fonoaudiólogo a fim de ver o melhor tratamento disponível.
Um acompanhamento multidisciplinar, com um psicólogo, é extremamente efetivo no tratamento da gagueira no que se refere à dificuldades de autoestima, autoimagem e ansiedade..

A gagueira tipicamente tem suas origens nade da mensagem. Pessoas que convivem com crianças que gaguejam (pais, irmãos, amigos e professores) podem colocar em prática atitudes simples para ajudá-los:

• Ouvir a criança com atenção e manter a calma e naturalidade enquanto ela fala;
• Reservar um tempo para conversar com a criança,    sem distrações;
• Falar   devagar  e  sem   pressa, sem  perder a naturalida  de da  fala;
• Incentivar todos da família a serem bons ouvintes;
• Não chamar atenção para a gagueira durante interações diárias;
• Aceitar a criança como ela é, não reagindo negativamente, não criticando e não punindo a criança quando ela gaguejar.

Referência: Tabela periódica dos transtorno emocionais(vittude