quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS – Parte 1



         
          Os demônios aparecem como agentes de Satanás causadores de males, dando às suas vítimas características típicas, como força sobre-humana (Mt 8.28; 17.15; At 19.16), poder de adivinhar (At 16.16) e conhecimento sobrenatural (v.7). Eles atacam suas vítimas e, ao possuí-las, dominam suas faculdades mentais, levando-as à demência (Mt 4.24; 17.15) e às vezes incapacitando-as de falar e de ver (Mt 9.32; 12.22).
            No evangelho de Mc 5,2-13,o endemoninhado gadareno vivia nos sepulcros, desnudo, e era tão violento que nem mesmo os grilhões e as cadeias podiam detê-lo. Corria pelos montes e desertos e se feria com pedras. O fato de procurar viver nos sepulcros já era uma demonstração de sua total anomalia. O comportamento violento e sobrenatural do gadareno, para sua própria destruição, e para a perturbação de seus vizinhos, revela a natureza destruidora de Satanás.
          Jesus perguntou como o espírito imundo se chamava, ao que ele respondeu: “Legião é o meu nome, porque somos muitos” (v.9). Uma legião romana era constituída por 6.000 soldados. Ainda que o número de demônios não seja exato, ou que Legião seja uma identidade, eles eram muitos. Eles são numerosos e poderosos, organizados e batalham sob uma mesma bandeira, a de Satanás.
               Alguns procuram estabelecer diálogo com os demônios porque Jesus perguntou ao espírito imundo qual era o seu nome. Isso é visto com frequência nos movimentos neopentecostais pela mídia televisiva.
          “Expulsai os demônios” (Mt 10.8). Esta é a ordem que recebemos do Senhor, e não de manter diálogo com eles. O Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). Ninguém deve acreditar nem ficar impressionado com as declarações dos demônios, porque eles são mentirosos. Isso ocorreu porque o demônio era obrigado a confessar publicamente quem era o responsável pela miséria do gadareno.
          O poder e a presença de Jesus incomodam o reino das trevas. O espírito imundo perguntou: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?” (Mt 8.29). Isto mostra que a presença de Jesus é um tormento para o reino das trevas e também que esse encontro serviu como prenúncio da condenação final do Diabo e seus anjos (Mt 25.41).
          O relato da possessão do gadareno e de sua libertação é uma amostra do poder absoluto de Jesus até sobre todo o reino das trevas. Os próprios demônios sabem quem é Jesus (At 19.15) e conhecem a sua procedência: “Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Mc 1.24). Eles têm medo de Jesus e estremecem diante dEle (Tg 2.19). Jesus veio para desfazer as obras do Diabo (1 Jo 3.8). Os demônios sabem que há um tempo determinado para o juízo divino sobre as hostes infernais e temem por isso.
          Nessa passagem, vemos que aqueles demônios, ou pelo menos o porta-voz deles, suplicando, pediram três coisas: que Jesus não os mandasse para outra região (v.10), que não os mandasse para o abismo antes do tempo (Mt 8.29), e que lhes permitisse entrar na manada de porcos que passava pelo local na ocasião (vv.11,12). Os demônios não são nada diante do Senhor Jesus. Marcos parece mostrar Satanás e seus demônios como inconvenientes, e não como seres todo-poderosos diante de Jesus (Mc 1.23-26, 34; 3.11). O inimigo de nossa alma não pode fazer o que quer (Jó 1.12; 2.4-5). Os demônios fizeram esses pedidos porque não podiam resistir ao poder de Jesus.
          A extraordinária libertação do gadareno logo chamou a atenção do povo. Muita gente se reuniu para ver o que havia acontecido, pois a cura repentina do endemoninhado era algo espantoso. Encontraram o homem em perfeito juízo, vestido e junto com Jesus (Lc 8.34-36). Glorificamos a Deus quando vemos pessoas oprimidas pelo maligno sendo libertadas pelo poder de Jesus. Ele nos delegou essa tarefa (Mt 10.8; Lc 10.19,20).
               A população de Decápolis era mista, composta por judeus e gentios. A criação de porcos não era permitida aos judeus; por isso, é provável que o porqueiro fosse gentio. O prejuízo foi grande, já que eram dois mil porcos (v.13). Os porcos não resistiram à opressão e se precipitaram por um despenhadeiro, afogando-se no lago (Lc 8.33). A tradição judaica dizia que demônios e porcos são uma boa combinação. Os judeus consideravam os demônios e os porcos como pertencentes à mesma ordem, e os porcos eram considerados o lar dos espíritos imundos. Essa tradição parece ser expressa quando os demônios pediram para entrar na manada de porcos.
          Por isso Jesus foi convidado a se retirar da terra dos gadarenos, por causa do prejuízo dos porqueiros (Mc 5.16,17). Os porcos valiam mais que a vida humana, na concepção daquela gente. Essa estranha recepção causa-nos tristeza e espanto: como o herói é convidado a se retirar? Hoje não é diferente. Há os que substituem Jesus por qualquer coisa. É muito comum “coisificar” as pessoas e personificar as coisas. Para alguns hoje em dia, os animais valem muito mais do que o ser humano. Os noticiários mostram diariamente como muitos governantes tratam os imigrantes de modo inferior aos animais. Esse espírito já existia nos tempos do Novo Testamento (Lc 13.15,16). Na passagem que estudamos, aquela população rejeitou Jesus.
               CONCLUSÃO
               A possessão demoníaca é um fenômeno estarrecedor que só pode ser contido pelo poder de Jesus. O Senhor Jesus manifestou seu poder sobre toda a natureza, sobre o vento, sobre o mar, sobre a morte, sobre as enfermidades, sobre o poder das trevas. Os demônios estremecem diante dEle. O poder de Satanás é muito limitado diante do poder de Jesus. Todos nós precisamos de Jesus, da comunhão com Ele, para dEle receber poder e assim expulsar aos demônios, pois Ele nos deu essa autoridade (Lc 10.19,20).
          Referência: Lições Bíblicas 2019 - Janeiro/Fevereiro/Março -  cpad.com.br

POSSESSÃO DEMONÍACA E A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS – Parte 2




          INTRODUÇÃO
          Nesta lição definiremos o que é a possessão demoníaca; pontuaremos algumas verdades sobre isto; mostraremos que somente o Nome de Jesus pode proporcionar libertação a qualquer pessoa nesta condição; e, concluiremos destacando algumas considerações sobre o ato de expulsar os demônios.
          I – DEFINIÇÃO DE POSSESSÃO DEMONÍACA
           A possessão demoníaca “é a condição daquele que é tomado e controlado psicológica e fisicamente por espíritos malignos. É um ato invasivo, arbitrário e violento, que leva o possesso a perder completamente o controle sobre os sentidos, órgãos e movimentos” (ANDRADE, 2006, p. 301).
          Sob esta condição a pessoa pode adquirir uma “grande força” (Mc 5.3,4); “conhecimento da vida íntima das pessoas” (At 16.16); ou “pratica agressão física” (Mc 5.5; At 19.16); pode “despir-se” (Mc 5.15); “dar gritos altos” (At 8.7); “retorcer-se” (Mc 9.20), “mudar de voz” (Mc 5.9; At 19.15), “ranger os dentes” (Mc 9.18); até mesmo a aparência física da pessoa possessa pode ser afetada, e atitudes irracionais são assumidas de modo assustador (Mc 5.3; 9.20). Para esta condição espiritual, não há tratamento, remédio ou isolamento que resolva, somente o poder do Nome de Jesus (Mc 16.17; Lc 10.17; At 16.18).
         
          II – SOBRE A POSSESSÃO DEMONÍACA
          Uma das atuações de Satanás e dos demônios é possuir os corpos das pessoas. Acerca disto, é necessário fazer algumas observações. Vejamos: A possessão é possível. Há aqueles que não acreditam que os demônios possam possuir uma pessoa. Alegam estes que certas manifestações estranhas não passam de problemas mentais ou fingimento. Todavia, Jesus falou sobre a atuação dos espíritos malignos na vida das pessoas (Lc 11.20-22; 24-26); e, durante o seu ministério terreno, mostrou que a possessão é algo real. O Mestre sabia fazer a diferença entre as enfermidades e a possessão. Quando se tratava de enfermidade, Jesus se dirigia ao enfermo: “Então disse àquele homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e ficou sã como a outra” (Mt 12.13). Quando se reportava as pessoas possessas, o Mestre se dirigia ao espírito mal: “espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele” (Mc 9.25). Vejamos alguns casos bíblicos no ministério de Jesus:  
Um homem de Cafarnaum (Mc 1.25; Lc 4.35);  Dois homens gadarenos (Mt 8.28-32; Mc 5.8; Lc 8.33);  Um homem mudo (Mt 9.32,33);Um lunático (Mt 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 9.38-42)  Um homem cego e mudo (Mt 12.22; Lc 11.14); filha da mulher cananeia (Mt 15.22,28);  Maria Madalena (Mc 16.9; Lc 8.2);Vários outros casos (Mt 4.24; 8.16; Mc 1.32).
2.1 Há pessoas mais propensas a possessão.
Qualquer pessoa que ainda não teve o seu encontro pessoal com Jesus pode ficar possessa por demônios (1 Jo 3.8-a). No entanto, as pessoas que se envolvem com espiritismo, magia, feitiçaria, são mais propensas à possessão demoníaca, pois estão lidando diretamente com os demônios (At 13.6-10; 19.19; Ap 9.20,21).
2.2 A possessão pode ser desfeita.
Todos os casos de pessoas possessas por demônios que se encontraram com Jesus foram por ele libertas, e tiveram as suas vidas transformadas. Pedro disse que: “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38). Vejamos alguns casos pontuais de libertação:  O gadareno: “[…] e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram” (Mc 5.15);  O lunático: “E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou” (Mt 17.18);A filha da mulher cananeia: “Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” (Mt 15.28);  Maria Madalena: “E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” (Lc 8.2);  A mulher de Filipos: “Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu” (At 16.18).

III – A AUTORIDADE DO NOME DE JESUS CONTRA OS DEMÔNIOS

Um dos sinais que Jesus prometeu seguir aos que cressem no evangelho foi o de expulsar os demônios (Mc 16.17). Antes mesmo de ser assunto aos céus, os discípulos já haviam experimentado o poder que há no Nome de Jesus sobre os demônios (Lc 10.17). Eles conhecem o Senhor Jesus e reconhecem a Sua autoridade suprema (Mt 8.31,32; Mc 1.24; 3.11).
Portanto, a autoridade do nome de Jesus sobre os demônios revela a Sua superioridade acima de todos os nomes (Ef 1.20- 23; Fp 2.9,10). Sobre o ato de expulsar os demônios é necessário destacar que:
3.1 O nome de Jesus expulsa demônios.
 Embora esta seja uma verdade que muitos crentes sabem, ainda há aqueles que, por desconhecimento, em vez de invocar o nome de Jesus contra os demônios, clamam pelo sangue, o qual tem outra finalidade que é a de purificar os pecados (Mt 26.28; Ef 1.7; Cl 1.14; 1Jo 1.7; 1Pd 1.2; Hb 9.14; 13.12); outro equívoco é achar que é a entonação da voz que expele o diabo. O Senhor Jesus nos ensinou que o Seu nome é que deve ser usado como arma contra os espíritos malignos (Mc 16.17). Quando enviou os outros setenta para curar os doentes e expulsar os demônios, eles voltaram cheios de júbilo dizendo: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (Lc 10.17). Paulo, em Filipos, ordenou que uma mulher fosse liberta do poder dos demônios em Nome de Jesus (At 16.18).
3.2 Jesus mandou expulsar os demônios.
Por influência do Neopentecostalismo, muitos cristãos substituíram a prática bíblica de invocar o Nome de Jesus para “expulsar os demônios” pela prática antibíblica de “amarrar os demônios”. Todas as vezes que vemos Jesus libertando as pessoas, por Seu poder, vemos Ele expulsando os demônios: “e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos” (Mt 8.16); “E, expulso o demônio, falou o mudo” (Mt 9.33). Ele mandou que os discípulos expulsassem: “E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem [...]” (Mt 10.1-b). Veja ainda (Mt 10.8; 12.28; Mc 1.34,39; 3.15; 6.13; 16.17; Lc 11.14). É bom acrescentar que no momento da libertação não é necessário dizer o nome do demônio ou entrevistá-lo, basta repreendê-lo no Nome poderoso de Jesus Cristo. O caso do gadareno é uma exceção e não uma regra que deva ser reproduzida (Mc 5.9).
 3.3 O nome de Jesus expulsa qualquer demônio.
Embora os demônios estejam divididos em castas e hierarquias (Mt 17.21; Ef 6.12), o poder que Jesus concedeu aos crentes, lhes dá condições de expulsar todo e qualquer demônio: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19). A serpente e escorpião são simbolismo comum para as forças satânicas ou demônios e até para o próprio Satanás (Gn 3.1; Is 27.1; 2 Co 11.3; Ap 12.9; 20.2). “O significado principal deste texto é que os cristãos têm poder para pisar triunfantemente sobre os exércitos de Satanás, através do auxílio e da graça de Jesus Cristo” (BEACON, 2008, p. 411). Este poder foi concedido por Jesus a igreja no presente (Mc 16.15). e no futuro “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm 16.20).

IV – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXPULSÃO DE DEMÔNIOS
4.1 Expulsar demônios não é termômetro que afere espiritualidade.
Somente um crente em Jesus tem autoridade espiritual para expulsar os demônios (Mc 16.17; Lc 10.19). No entanto, é necessário dizer que tal proeza não afere a santidade do indivíduo. É possível que um crente seja usado com sinais e ainda assim não esteja vivendo de forma agradável a Deus: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23). Diversas vezes, Jesus ensinou que o que afere o caráter é o fruto e não os dons ou sinais miraculosos (Mt 7.20; 12.33; Lc 6.44). 4.2 Não devemos fazer por ostentação e sem o devido preparo espiritual. O apóstolo Paulo, foi um instrumento por meio do qual Deus operou grandes sinais em Éfeso (At 19.11); trazendo, naquele lugar, diversas libertações de pessoas possuídas por demônios (At 19.12). Alguns exorcistas judeus observando Paulo, decidiram também invocar o nome do Senhor Jesus sobre os demônios, quem sabe também querendo se tornar notórios por isso, mas não obtiveram êxito, antes foram envergonhados (At 19.13-16). Destacamos ainda que, os discípulos, certa vez, ficaram decepcionados, porque não puderam expulsar o demônio de um rapaz (Mt 17.15,16). Jesus lhes advertiu quanto a falta de fé e também da oração e do jejum (Mt 17.20,21).
4.2 Não deve ser o motivo primordial da nossa alegria.
 Embora Deus conceda poder aos seus servos para operações de sinais e maravilhas (Mc 16.17; Lc 10.19; 1Co 12.8-10); e isto nos traga alegria pelo fato de sermos usados por Deus; nossa maior alegria não deve ser essa, porque os dons e os sinais passarão (1Co 13.8). É a garantia de vida eterna que deve nos proporcionar alegria maior e permanente (Lc 10.17-20). “Ter a cidadania do céu é mais importante do que atemorizar o inferno” (BEACON, 2008, p. 411).

CONCLUSÃO
Não se pode negar que a possessão demoníaca é uma realidade, e que somente a Igreja tem a autoridade de, no Nome de Jesus, orar pelos possessos a fim de que estes sejam libertos.

REFERÊNCIAS  
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário· Teológico. CPAD.  HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon.· CPAD.  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal.· CPAD.Revisão: Igreja Evangélica Assembleia de Deus em PernambucoSuperintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Milênio, um tempo glorioso para a terra



INTRODUÇÃO:Texto: (Ap 20.1-6)
Nesta lição, traremos uma definição do Milênio. Destacaremos as três principais escolas de interpretação acerca desse evento escatológico, destacando a que mais se harmoniza com as Escrituras; responderemos com o devido respaldo bíblico os questionamentos que envolvem esta sétima dispensação; e, por fim, o que será o Milênio para Israel.

I – O QUE É O MILÊNIO
“O Milênio será o Reino com duração de mil anos a ser instaurado, na terra, pelo Senhor Jesus, logo após o arrebatamento da Igreja e do término da Grande Tribulação (Ap 20.4-6). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel e de todas as demais nações. De acordo com as profecias, pode-se conceber o futuro do Reino de Deus de duas formas distintas:
1) Em sua realização milenial. O Reino de Deus materializar-se-á no estabelecimento do Milênio. Expresso em termos materiais, terá como objetivo reverter a maldição que, desde o Éden, vem destruindo o mundo e toda a sua economia. O Milênio representará o auge da história terrena e o ápice da intervenção divina nos negócios humanos (Is 2; 11; 35).
2) Em sua realização eternal. Nesta fase, que se dará logo após o Juízo Final, o Reino de Deus traduzir-se-á na união eterna entre Cristo e a sua Igreja; será a Nova Jerusalém com toda as bem-aventuranças que o Pai Celeste reservou-nos (Ap 21)” (ANDRADE, sd, p. 109 – acréscimo nosso).

II – AS TRÊS PRINCIPAIS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ACERCA DO MILÊNIO
Existem pelo menos três Escolas de interpretação acerca do Milênio. Abaixo destacaremos de forma detalhada cada um delas, afim de verificarmos qual a mais coerente com as Escrituras:

2.1 Amilenismo. “Apresentada por Agostinho, ela sustenta que não haverá um reino literal futuro de Cristo sobre a Terra, de mil anos de duração, mas que o Milênio se refere a presente era. Como essa posição não oferecia uma interpretação literal das passagens milenares, foi designada como amilenista a partir do século XX. A interpretação amilenista oferece várias explicações para o cumprimento das profecias ligadas ao milênio. A mais popular, a explicação agostiniana, relaciona os mil anos à presente dispensação como um reino espiritual em que Cristo domina sobre os corações dos crentes ou é materializado no progresso do Evangelho na Igreja” (WALVOORD, 2002, p. 14).

2.2 Pós-milenismo. “Segundo esta linha de interpretação, a segunda vinda de Cristo ocorrerá depois do Milênio. A pregação do evangelho pela Igreja irá trazer um tempo de paz e prosperidade, e o conhecimento do Senhor encherá toda a terra. Considera-se a duração desse período como sendo de aproximadamente mil anos. Esta teoria foi promulgada pela primeira vez na Inglaterra pelos ensinos de Daniel Whitby (1638-1726). Ela foi bem popular até que a Primeira Guerra Mundial trouxe uma desilusão aos homens, que perceberam que no final o evangelho não seria aceito por todos, e que a humanidade não estava progredindo moralmente” (WYCLIFFE, 2007, p. 1272).

2.3 Pré-milenismo. Segundo esta doutrina, o Senhor Jesus virá no final da Grande Tribulação, com a sua igreja, para estabelecer seu Reino Milenial na terra de maneira literal. Esta Escola de interpretação bíblica é a mais coerente e aceita por nós, por algumas razões: (a) as Escrituras ensinam que o reino sobre o qual Cristo reinará terá a duração de mil (Ap 20.4-6). A interpretação pré-milenialista ensina que será um reino literal sob a égide de Cristo, que perdurará por mil anos; (b) Tal posição se fundamenta também nas inúmeras profecias messiânicas encontradas no AT (Gn 49.10; Sl 2-1-12; Is 9.6,7; 11 e 12; Dn 2.44,45); (c) Esta foi também a posição predominante na Igreja Primitiva (Lc 1.31-3; I Co 15.24; II Tm 4.1; Ap 11.15); (d) Os pais da igreja, tais como: “Papias, discípulo de João era milenista. Justino Mártir, que viveu em Éfeso cerca de 135 d.C. também (CHAMPLIN, 2004, p. 276); e, (e) A passagem de (Ap 20.1,2) deixa bem claro que Satanás não estará simplesmente restrito, como ensinam alguns, mas permanecerá totalmente inativo durante o Milênio. Em contraste com isso, o NT ensina que ele está ativo na presente dispensação (II Co 4.3,4; I Ts 2.18; I Pe 5.8)” (WALVOORD, 2002, p. 543).

III – QUEM REINARÁ SOBRE A TERRA
As profecias nos mostram que o Messias, Jesus Cristo, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, estará reinando literalmente na terra durante este período e eternamente (Is 2.2-4; 9.3-7; 11.1-10; 16.5; 24.21-23; 31.4-32.2; 42.1-7,13; 49.1-7; 51.4,5; 60.12; Dn 2.44; 7.15-28; Ob 17-21; Mq 4.1-8; 5.2-5,15; Sf 3.9-10,18,19; Zc 9.10-15; 14.16,17).                       “É evidente que não há e nunca haverá um reino teocrático na terra sem a presença pessoal e manifesta do Senhor Jesus Cristo. Toda a era depende de Seu retorno a terra como prometido. Tudo o que existe no milênio tem origem no Rei revelado. O milênio não poderia existir sem a manifestação de Cristo, de quem depende toda a era milenar” (PENTECOST, sd, p. 488).
IV – O QUE ACONTECERÁ NO MILÊNIO
“Na era milenar a justiça divina deverá ser demonstrada (Is 11.5; 32.1; Jr 23.6; Dn 9.24). Será também o teste final de Deus para a humanidade nas circunstâncias ideais. Todos os recursos de tentação serão retirados para que o homem demonstre o que ele de fato é, independentemente da influência satânica. A fim de que possa haver a manifestação completa da justiça e o teste da humanidade livre da tentação externa, Satanás será afastado desta esfera. Logo, na segunda vinda, ele será preso e tirado de cena durante todo o período milenar” (PENTECOST, sd, p. 487).

V - ONDE SERÁ A SEDE DO GOVERNO DE CRISTO
    Embora o reino do Messias seja universal, a sede do seu governo será em Jerusalém: “[...] de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor” (Is 2.3). O sacerdote Melquisedeque reinou nesta cidade (Gn 14.18). Davi fez de Jerusalém a sede do seu governo, ao ponto de ser chamada de Cidade de Davi (II Sm 5.7; I Rs 2.10; I Cr 13.13; 15.1). O nome Jerusalém significa: “habitação da paz” e Jesus é chamado profeticamente de Príncipe da paz (Is 9.6). Portanto, ele reinará sobre o mundo a partir de Jerusalém.

VI – CARACTERÍSTICAS DO REINO DE CRISTO
A Bíblia nos mostra que o reino de Cristo terá as seguintes características:

6.1 Justiça. Graças à presença do Messias, Jerusalém será a fonte da qual toda a justiça do milênio emanará em glória (Is 62.1c-,2a). Sião será chamada “cidade de justiça” (Is 1.26), e estará cheia de direito e justiça (Is 33.5). A justiça será o termo descritivo que caracterizará o governo do Messias como um todo. Cristo será um rei que rege com justiça (Is 32.1).

6.2 Paz. A paz nacional e individual é fruto do reino do Messias (Is 2.4; 9.4-7; 11.6-9; 32.17,18; 33.5,6; 54.13; 55.12; 60.18; 65.25; 66.12; Ez 28.26; 34.25,28; Os 2.18; Mq 4.2,3; Zc 9.10).

6.3 Alegria. A plenitude da alegria será marca característica da era milenar (Is 9.3,4; 12.3-6; 14.7,8; 25.8,9; 30.29; 42.1,10-12; 52.9; 60.15; 61.7,10; 65.18,19; 66.10-14; Jr 30.18,19; 31.13,14; Sf 3.14-17; Zc 8.18,19; 10.6,7).

VII – OS PARTICIPANTES DO MILÊNIO
As pessoas inclusas no reino milenial de Cristo serão os santos da Grande Tribulação: judeus e gentios, tanto vivos como ressurretos (Mt 24.32-40; Ap 20.4) e a Igreja do Senhor Jesus Cristo com corpo glorioso (Ap 1.6; 5.10). Embora somente os remidos possam entrar no reino do Messias, os santos vivos que escaparem da Tribulação adentrarão o reino em seus corpos naturais e com a capacidade de procriar. As crianças que nascerem durante o Milênio precisarão de salvação, que lhes será oferecida por intermédio de Israel (LAHAYE, 2010, pp. 149-150 – acréscimo nosso).

VIII – O QUE SERÁ O MILÊNIO PARA ISRAEL
Segundo o teólogo Pentecost (sd, p. 486), esse período verá o cumprimento completo de todas as alianças que Deus fez com o povo de Israel. Observa-se, assim, que a era milenar traz consigo pleno cumprimento de todas as promessas de Deus para com a nação de Israel, como veremos a seguir. Notemos:

8.1 A aliança abraâmica. As promessas da aliança abraâmica a respeito da terra e da descendência são cumpridas na era milenar (Is 10.21,22; Jr 30.22; 32.38; Ez 34.24,30,31; Mq 7.19,20; Zc 13.9; Ml 3.16-18). A perpetuidade de Israel, sua posse total da terra e sua herança das bênçãos estão diretamente relacionadas ao cumprimento desta aliança.

8.2 A aliança davídica. As promessas da aliança davídica a respeito do rei, do trono e da casa real são cumpridas pelo Messias na era milenar (Is 11.1,2; 55.3,11; Jr 23.5-8; 33.20-26; Ez 34.23-25; 37.23,24; Os 3.5; Mq 4.7,8). O fato de Israel possuir um reino, governado pelo Filho de Davi, baseia-se nessa aliança davídica.

8.3 A aliança palestina. As promessas da aliança palestina a respeito da ocupação da terra são cumpridas por Israel na era milenar (Is 11.11,12; 65.9; Ez 16.60-63; 36.28,29; 39.28; Os 1.10-2.1; Mq 2.12; Zc 10.6). Essas referências à ocupação da terra prometem o cumprimento da aliança palestina.

8.4 A nova aliança. As promessas da nova aliança no tocante a um novo coração, ao perdão dos pecados e à plenitude do Espírito Santo são cumpridas para com a nação convertida na era milenar (Jr 31.31-34; 32.35-39; Ez 11.18-20; 16.60-63; 37.26; Rm 11.26-29). Todas as bênçãos espirituais que Israel recebe são cumprimento dessa aliança.

CONCLUSÃO   
Por ocasião da segunda fase da segunda vinda, Cristo descerá com a Sua igreja para implantar o seu Reino Milenial na terra, a fim de cumprir a promessa feita a nação de Israel. Sob o governo teocrático, esse período de mil anos literais será marcado pela justiça paz e alegria no Espírito Santo para todos os homens.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Corrêa de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. CPAD.
PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. VIDA.
WALWOORD, John F. Todas as profecias da Bíblia. VIDA.



7. A SÉTIMA DISPENSAÇÃO (MILÊNIO) – RESUMO.



ALIANÇA MILÊNICA
 
O plano redentor de Deus para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At 3.20,21.

A juntura destes "Séculos", presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.

próprio Cristo voltará literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA GLORIFICADA. Ela voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos tempos, Ef 1.10.

Havendo efetuado a redenção dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema riqueza de sua graça.

A dupla revelação do Milênio será feita:

l. Pela presença pessoal de Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;

2. O Sermão do Monte, pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
A SEDE DO GOVERNO

A capital do mundo não será Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes pisada pêlos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4.
 
A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL

1. Será um reino literal e universal, Dn 2.34,35;
2. Jerusalém será a capital do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48;
3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18;
4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13;
5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am 9.3,6;
6. O prolongamento da vida humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5;
7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.
 
Haverá duas classes de pessoas:

1. Glorificados e
2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os não-glorificados são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações.
A cena final e a justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.
 
O julgamento iniciará por ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:

7. Cada pessoa serei julgada',
2. Os inimigos do Rei serão punidos',
3. Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor para sempre. Amém!
8 - BIBLIOGRAFIA:
OLSON, Nelson Lourenço. Plano Divino Através dos Séculos.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova.
TOLEDO, Alcino Lopes. Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo.
Autor: Pr. Alcino Lopes de Toledo

TEORIA DISPENSACIONALISMO SIMPLIFICADA




               Introdução
              

O Dispensacionalismo é basicamente o método de interpretação das Escrituras que vê dois povos de Deus distintos, com dois destinos distintos: Israel e a Igreja. Em várias formas e entre vários grupos, essa idéia tem uma influência abrangente – mas ela é bíblica? O que segue é uma lista selecionada de dogmas que muitos dispensacionalistas contemporâneos famosos defenderiam, e uma lista de passagens da Escritura que aborda esses dogmas. A lista de distintivos representa um amplo segmento do ensino popular dispensacionalista; contudo, de forma alguma o Dispensacionalismo é uma entidade monolítica, e muitos dispensacionalistas professos, particularmente na escola Progressiva, não adeririam a muitos de seus pontos.
            1. A Igreja não é a continuação do povo de Deus do Antigo Testamento, mas um corpo distinto nascido no Dia de Pentecoste.
            2. A Igreja nunca é igualada com Israel no Novo Testamento, e os cristãos não são judeus, nem o verdadeiro Israel, etc.
            3. As profecias feitas a Israel no Antigo Testamento não estão sendo cumpridas na Igreja, nem jamais serão.
            4. A Igreja não participa do Novo Pacto profetizado no Antigo Testamento; ele é para o Israel étnico, e será estabelecido num reino milenar futuro.
            5. Os santos do Antigo Testamento foram salvos pela fé somente, com base na obra de Cristo no Calvário somente; contudo, o objeto de sua fé não era Cristo, mas sim a revelação peculiar à dispensação deles.
            6. Os santos do Antigo Testamento não sabiam da vindoura “Era da Igreja”, da ressurreição de Cristo, ou basicamente, do que chamamos hoje de evangelho.
            7. Quando Jesus veio à Terra, ele ofereceu aos judeus um reino físico, mas eles rejeitaram-no.
            8. Quando Jesus proclamou “o evangelho do Reino”, essas eram as novas sobre como os judeus étnicos poderiam entrar e encontrar recompensa neste reino físico, e deve ser distinguido do evangelho como definido em 1 Coríntios 15:3-4, que os apóstolos mais tarde proclamaram à igreja.
             9. Após os judeus rejeitarem a oferta do reino de Jesus, ele inaugurou uma “Era da Igreja” parentética, que será concluída imediatamente antes de Deus tomar novamente seus tratamentos com seu povo nacional, o Israel étnico.
            10. Durante a “Era da Igreja”, Jesus não está reinando desde o trono de Davi; ao invés disso, ele está engajado em sua obra sacerdotal, e sua obra real [ou seja, de rei] acontecerá no futuro reino milenar.
            11. Em algum tempo não especificado, mas iminente, Jesus retornará (mas não a terra, e sim somente até os ares) e arrebatará sua Igreja, também chamada de sua Noiva; nos sete anos seguintes, eles festejarão com ele na ceia do Cordeiro; enquanto isso, na Terra, ele começará a lidar com o seu povo nacional, o Israel étnico, novamente, chamando-os para si mesmo e preservando-os no meio de sete anos de grande tribulação. “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com tribulação; na metade do qual, o Anticristo se levantará como deus no templo judeu reconstruído, e exigirá adoração do mundo.
             12. Após esses sete anos, Cristo retornará, dessa vez até a terra. Ele derrotará as forças do mal, prenderá Satanás e o lançará num abismo, e inaugurará o Reino Judaico físico que tinha oferecido durante sua vida sobre a Terra. Os judeus que sobreviveram à tribulação povoarão a Terra durante essa bendita era dourada, e os cristãos reinarão espiritualmente, em corpos glorificados.
            13. Após esses mil anos, Satanás será solto e reunirá um exército da descendência dos judeus que sobreviveram à tribulação. Ele será finalmente derrotado e lançado no inferno. Nesse ponto, os ímpios mortos serão ressuscitados e julgados, enquanto os justos mortos já terão ressuscitados mil anos atrás, no arrebatamento. Cristo então estabelecerá os Novos Céus e Nova Terra, e os destinos de toda a humanidade serão finalizados.  
            Biografia: Autor: Nathan Pitchford-DISPENSACIONALISMO LISTA DE PASSAGENS DA ESCRITURA POR CATEGORIA

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

6. A SEXTA DISPENSAÇÃO



A Nova Aliança, A AliANÇA DA GRAÇA

Chamada Dispensação Eclesiástica.
A palavra-chave é: Graça. Sua duração começa com a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda, tempo determinado pelo Senhor: "Aquele dia e hora ninguém sabe, unicamente meu pai que está nos céus". Hoje, já contamos com quase 2000 anos em que o véu do Templo foi rasgado e esta Dispensação findará com o toque da trombeta, quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os fiéis ao Arrebatamento.
Na Dispensação da Graça, Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às outras, ou seja, o próprio Filho enviado por Deus à humanidade:

A Nova Aliança

Tal qual Moisés foi mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o Mediador da Nova Aliança, Hb 8.6; 9.15; 12.24. Com o aparecimento de Cristo, a Antiga Aliança terminou, como Paulo afirma em Rm 10.4; Gl 3.19. Novamente apareceu Ele celebrando a Ceia com os discípulos, conforme registra Lc 22.20 e I Co 11.25. "Ele disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue", Mc 14.24.
A palavra Graça aparece 166 vezes na Bíblia e tem um valor inestimável.

citações da palavra Graça, com referências:

 Ef 2.8,9; Tt3.7;Rm5.20; I Co 15.10; Gl 1.15.

Verificamos três aspectos da revelação de Deus nessa Dispensação:

1. Os Evangelhos, um tratado da revelação de Jesus Cristo, um Deus introduzido no meio dos homens: "Emanuel, Deus Conosco".
2. Revelação através do Espírito Santo: o Guia; o Orientador; o Consolador; o Intercessor; o Fortificador; o Ornamentador da Igreja. "Todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus".
3. Revelação pela Palavra Escrita - A Bíblia Sagrada. Nela está a revelação perfeita da vontade de Deus.

Esta mesma Graça atua na formação da Igreja desde a fundação do mundo e já existia na mente de Deus:

1. Eleita por Deus desde a fundação do Mundo, Ef 1.4,5;
2. No AT, os Profetas falaram dela;
3. Personagens que simbolizaram a vida e a ação da Igreja (Enoque, Rebeca, Azenate, etc.);
4. Organização espiritual da Igreja, Mt 16.16;
5. Data de inauguração: Dia de Pentecostes, At 2;
A Igreja, uma representação do Corpo de Cristo aqui na Terra.

Suas funções, seu trabalho e suas obrigações'.

1. Em relação a ela mesma "Comunhão", At 2.42;
2. Em relação ao mundo "Evangelização", Mc 16.15;
3. Em relação a Deus "Adoração".

Toda e qualquer tarefa da Igreja depende exclusivamente da Graça. Ela é quem nos encoraja no sentido de cumprirmos nossa tarefa como Igreja que também é um Luzeiro no Mundo e Sal da Terra.
Tenho me preocupado muito com a expressão: "Se o sal se tomar insípido para mais nada presta, a não ser para ser pisado pêlos homens".
Que Deus proteja a Igreja!
Seu compromisso para o futuro é o desfecho final do cumprimento das profecias, do fim dos tempos e a Dispensação da Igreja.

Verifique alguns acontecimentos que surgirão :

1. Ressurreição dos crentes;
2. Transformação dos crentes vivos na vinda do Senhor;
3. Arrebatamento;
4. Tribunal de Cristo (compensação);
5. Casamento da Igreja (bodas do Cordeiro);
6. Glorificação da Igreja;

  Referência Bibliográfica: História Bíblica Dispensacional
Apostila FAETEL 2000