terça-feira, 27 de novembro de 2018

3 - A DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO


    
       1. Definição de Dispensação. 
       “Período de tempo durante o qual a humanidade é moralmente responsável diante de Deus em relação à consideração, respeito e obediência demonstrada para com a sua palavra. Trata-se de um período moral ou período probatório da história humana ou angelical. Cada dispensação tem o seu próprio começo e fim. Em cada dispensação Deus tem um propósito específico e definido. Porém, o grande projeto e propósito de Deus através das várias dispensações, é libertar a humanidade e o universo de todas as rebeliões, de tal forma que os agentes dotados de livre-arbítrio, estejam voluntária e permanentemente sujeitos a Deus, a Cristo, e ao Espírito Santo” (OLSON, 2004, p. 35).


2.    ORIGEM DAS NAÇÕES.

          a) Os descendentes de Sem.

 Povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano Índico, ocupando a maior parte do território entre Jafé e Cam. Foi dentre eles que Deus escolheu o seu povo, cuja história constitui o tema central das Sagradas Escrituras. ( )
ü

 Sem, nascido 120 anos antes do Dilúvio, conheceu a seu pai, Noé, seu avô Lameque e seu bisavô, Matusalém, antes do Dilúvio.
ü
 Lameque, por sua vez, conheceu a Adão por mais de 50 anos, e Matusalém o conheceu por mais de 250 anos.
ü
 Esses fatos demonstram a maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça foram comunicados às gerações posteriores.
ü
 Noé viveu até o tempo de Abraão.
ü
 Sem chegou a alcançar o tempo de Isaque e Jacó, filho e neto de Abraão.
ü

 Sem foi pai de cinco filhos que se tornaram em cinco grandes raças e numerosas tribos menores.
ü
 Arfaxade foi pai dos caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico. Foi progenitor de Abraão, oito gerações anteriores.
ü

b) Os descendentes de Cão.

 Foram notavelmente poderosos no principio da história do mundo antigo. Constituíam a base dos povos que mais relações travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como inimigos. Eles estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e na Mesopotâmia. ( )
 Cão foi pai de quatro filhos Cuxe (Etiópia), Pute (Líbia), Canaã (Palestina) e Misraim (Egito) que se tornaram as raças turanianas e negras.
ü
 Cuxe (Etiópia) gerou seis filhos (Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá, Sabtecá e Ninrode).
ü
 Ninrode (filho de Cuxe), rei da Babilônia, foi o fundador do antigo Império Babilônico. Foi o falso “Messias” e fundador de toda religião falsa e idólatra do mundo.
ü
 Misraim (filho de Cuxe), é Menes I, o primeiro rei do Egito.
ü


c) Os descendentes de Jafé.

 Foram os povos indo-europeus, ou arianos. Embora não tivessem sobressaído na história antiga, tornaram-se nas raças dominantes do mundo moderno.
ü
 Jafé foi pai de sete filhos Magogue (Russos), Java (Gregos, Latinos e Franceses), Tubal (Turquia), Gomer (Alemães, Celtas, Eslavos, Escandinavos-suecos, dinamarqueses e noruegueses, Goters, Teutões, Saxões, Holandeses, Suíços, Belgas, e os Anglo-persas).
ü




2. A Dispensação do Governo Humano.
          Esta dispensação é assim chamada por causa das leis humanas, e governos que foram instituídos, para regular a vida dos homens após a longa era de liberdade de consciência. Deus deu a Noé determinadas leis para que tanto Noé quanto sua família e todos os seus descendentes fossem governados por elas. O homem passou a ser responsável pelo seu próprio governo (Gn 9.1-19).

3. O início e a duração da Dispensação. 
          Esta dispensação teve uma duração de 427 anos. Iniciou-se logo após o dilúvio e estendeu-se até o chamado de Abraão (Gn 8.15-19; 9.18-19; 11.10-32; 12.1-3). Após o dilúvio a nova vida da raça humana sobre a terra, começa com um ato de adoração (Gn 8.20). Esta é a primeira referência a um altar nas páginas das Escrituras. Após o dilúvio as bênçãos de Deus são dirigidas ou impetradas sob Noé e seus filhos, que surge agora como segundo cabeça da raça humana (Gn 9.1). Novas leis foram dadas, nova aliança, promessas de bênçãos, domínio da terra e responsabilidade sobre si mesmo para sempre (Gn 8.15,22; 9.3, 8-12).

4. A necessidade. 
Os governos humanos fazem parte de um governo moral de Deus e são necessários para a preservação da sociedade humana na terra (Rm 13.1-7; I Pe 2.13-14). Na dispensação do governo humano, várias leis foram dadas e o governo foi estabelecido por Deus, com o homem agora sendo responsável por reinar ou administrar para o bem de todos. Sem a existência, execução de leis e punição, nenhum governo pode durar muito tempo. Elas são necessárias para punir criminosos sejam indivíduos ou nação (Rm 13.3-4).

5.CONCLUSÃO   

Após o dilúvio, Deus deu início a uma nova geração por intermédio da família do patriarca Noé.     Deus prometeu que nunca mais destruiria a terra com um dilúvio e deixou um sinal no céu, como memorial do seu pacto com a humanidade. Deus também estabeleceu o governo humano, visando a preservação da vida e a não proliferação do pecado.

6.REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor de. O Começo de Todas as Coisas. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. O AT Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.
HOFF Paul. O Pentateuco. VIDA.
OLSON, Laurence. O Plano Divino Através dos Séculos. CPAD.
http://seminarioapostolico.blogspot.com/2009/09/dispensacao-do-governo-humano.html


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA



 
Enquanto a Primeira Dispensação não teve uma duração muito certa, a Segunda Dispensação, de "Adão ao Dilúvio", teve uma duração de 1656 anos, ^ quando deu-se a Tentação e a queda do homem até Gn 2.
Temos visto muitas coisas boas; porém em Gn 3, a cena muda e o mal aparece. O tentador, com o aspecto de uma serpente, tenta a mulher e ela comete o pecado da desobediência, acompanhando-a Adão. Se a serpente era simplesmente influenciada pelo maligno ou se era uma positiva materialização dele, não sabemos;
não resta dúvida porém que Satanás foi a causa original da tentação, Ap 12.9; 20.2. Ao menos, é evidente que a serpente foi possuída por Satanás e chegou a ser identificada com ele e o mesmo falou por ela, Gn 3.1,4: "...Diz que a Serpente falou". \
Por que Deus fez o homem com a capacidade de pecar? Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A Liberdade é um dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, liberdade de escolher, liberdade de consciência e sendo assim, ainda usa essa liberdade para rejeitar e desobedecer a seu Deus.
Deus não sabia que o homem haveria de pecar? Sim. E Ele previu as terríveis conseqüências disso, e também previu seu resultado final. Sofremos e tomamos a sofrer, e indagamos sem atinarmos porque Deus fez o mundo assim, um dia, porém, depois tudo tiver chegado à plena realização, nosso sofrimento acabará } e todos enigmas se deslizarão, 
 
E assim, desobedecendo, pecaram e trocaram sua inocência por uma consciência acusadora; sua ignorância por um conhecimento do bem que tinham desprezado e do mal que não podiam remediar. Tinham agora seus olhos abertos para descobrir o que teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente) para cobrir a sua nudez.
Notamos que Adão e Eva podiam estar tranqüilos com os aventais de folhas que fizeram, enquanto lhes parecia que Deus estava longe. Mas, em vindo o Senhor, logo se esconderam, sentindo-se, aos olhos divinos, descobertos e envergonhados.
Temos no pecado de Eva, os seguintes resultados:
 
a) A Concupiscência do Comer: "...boa para comer";
b) A Concupiscência dos Olhos: "...agradável aos olhos", e
c) A Soberba da Vida: "...desejável para entendimento ".
Notamos que a primeira conseqüência do pecado foi a vergonha que eles tiveram, ao encontrar-se com Deus, ao ponto de "fazerem aventais", Gn 3.7. O Todo Poderoso então fez túnicas de pele de animal, para vesti-los, Gn 3.21.
 
Aliança Adâmica
A Aliança Adâmica determina a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno.
"A própria criatura será liberada do cativeiro da correção para a liberdade da glória dos filhos de Deus '\ Rm 8.21.
 
Os Elementos da Aliança Adâmica, são os seguintes:
 
1°)A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada;
2°) A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15;
3°) A condição da Mulher mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.
4°) A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17;
5°) O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17;
6°) O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e
7°) A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual.
"Deus dá uma demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover".
 
Aqui, duas Ofertas Diferentes:
 
1a) Abel oferece sangue. Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma "Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor. Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão:
"É bom notar que a "primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte ".
2a) Caim. Foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17. Edificou uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque.
 
Sua Linhagem Ímpia:

Lameque, Gn 4.19. Foi o "primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24. Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou.
Jabal, um dos filhos de Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento.
Jubal, outro filho de Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu.
Tubal-Caim era "fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas.
Esses homens: Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26.
Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências. Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina.
 
Uma pergunta freqüente é esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta: com uma irmã dele.
Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. Não podemos continuar nesta história, pois é muito longa.
 
Ao chegarmos a Terceira Dispensação é necessário que conheçamos:
 
A Genealogia de Adão a Noé e suas idades relacionadas: Adão, 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos; Cainã, 910 anos; Maalelel, 895 anos; Jerede, 962 anos;
Enoque, 365 anos; Metusalém, 969 anos; Lameque, 777 anos; Noé, 950 anos.
Temos aí uma influência do pecado na raça humana. O homem perdendo vida, saúde e alegria; e hoje o salmista afirma: "que os nossos dias são de 70 anos e se alguns chegarão aos 80 anos pela sua robustez". SI 90.9,10.
No começo da Dispensarão, colocamos sua duração de 1656 anos. Vamos dividi-la: Adão viveu 930 anos e Noé, 950 anos; entre a morte de Adão e o nascimento de Noé, temos 126 anos. Do Dilúvio a Abraão, 427 anos e Noé viveu 600 anos antes do castigo divino e 350 anos após.
No final da Dispensação da Consciência, os homens estavam em um estado de iniqüidade desenfreada, soltando as rédeas às práticas carnais, isto com exemplos vividos pela geração passada, resultando em costumes e corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de iniqüidade encheu-se; porém o Justo Noé, passou a avisar seus compatriotas do que poderia acontecer. Então o Senhor disse: "Arrependo-me de ter feito o homem na terra e isso pesou no coração". Disse o Senhor: "Farei desaparecer da face da terra o homem que criei", Gn 6.6,7. Um período longo de 1656 anos onde a raça humana havia aumentado muito e o Senhor destruiu com o Dilúvio, o qual durou l ano e 10 dias. Noé entra na arca no dia 17 do segundo mês, quando tinha 600 Anos, e continuou até o dia 27 do segundo mês, no ano seguinte, Gn 7.11; SI 1.22.
O que significa a Arca ? Era uma simples e clara figura de Cristo, e um meio de salvação pelo qual uma geração passou pelas águas da morte, e saiu salva do juízo divino. Os refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo. nos salva, por sua morte e ressurreição, se somos achados mortos nele. Para quem está nele não há condenação, Rm 8.1.
Noé não esperou o pronunciamento de um juízo. O que ele queria é que sua família fosse salva por meio da arca, não importando com quem não cria em sua pregação. Seu dever foi cumprido.
O incidente do Dilúvio é, sem dúvida, o exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma obra estranha de Deus, Is 28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é amor, paz, alegria, prazer e misericordioso.
 
O juízo tem cinco aspectos diferentes:
 
1°) É para a Glória de Deus;
2°) É para Instruir as Nações, Is 26.9;
3°) É para Purificar, Gn 15.16;
4°) É, conseqüentemente, uma Libertação do Mal, e
5°) É Profético

 Conclusão

O desfecho da Dispensação da Consciência não significa que Deus deixou de usar a consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como "a voz. de Deus dentro da alma ". Noé e sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e eram responsáveis, junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de Intervenção Divina, na história do homem e um novo começo com Noé e seus filhos.

Resumo

A DISPENSAÇÃO DA  CONSCIÊNCIA  — Gênesis 3.1-8.4 (cerca de 1656 anos).

1. Palavra chave: Consciência.
2. Propósito: Provar que o homem tem capacidade para manter-se fiel a Deus num clima de liberdade e segundo os ditames de sua própria consciência.
3. Revelação: A redenção do homem. O sacrifício de Abel prefigura o sacrifício definitivo de Cristo, o Cordeiro de Deus. Apocalipse 13.8; Hebreu 11.4; Gênesis 4.4.
4. Personagens principais: Enoque e Noé.
5. Concerto divino; A fé em Deus. Vd Hebreus 11.4-7.
6. Atos de desobediência: De Caim a Lameque exis­te um aumento surpreendentemente progressivo de desobedi­ência, de modo a absorver a linhagem fiel, os filhos de Sete, levando o mundo da época a um estado de violência e apos­tasia.
7. Julgamento divino: O juízo de Deus manifestou-se através do Dilúvio que caiu sobre toda a terra.
Obs.: A arca representa o refúgio de Deus contra Seu próprio juízo...

OLSON, Nelson Lourenço. Plano Divino Através dos Séculos.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova.
TOLEDO, Alcino Lopes. Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo.
Autor: Pr. Alcino Lopes de Toledo


domingo, 11 de novembro de 2018

AS SETE DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS DE DEUS



                     

Introdução

Da parte de Deus, o plano de salvação da humanidade (Ef 1.10; 3.9). Esse plano, que consiste numa ALIANÇA baseada na graça de Deus, se realiza em duas etapas, que costumamos chamar de "dispensações". A antiga dispensação está registrada no AT e pode ser dividida em quatro períodos: a) a criação e a promessa; b) a aliança com Noé; c) a aliança com Abraão; d) a aliança no Sinai. Na antiga dispensação o evangelho foi apresentado em forma de sombras e figuras (tabernáculo, Templo, sacrifícios) e na obediência à Lei. A nova dispensação é a cristã. Jesus Cristo é o divisor da história (Jo 1.17) e cumpre a Lei e as figuras da antiga dispensação (Hb 9.1-10.18; 12.24). Os dispensacionalistas ensinam que há sete dispensações. Para eles, "dispensação" é um período de tempo em que o ser humano é provado quanto à sua obediência a alguma revelação específica da vontade de Deus (v. L. Berkhof, Teologia Sistemática). 2) Da parte do ser humano, "dispensação" é trabalho ou missão que visa à aplicação do plano divino.



1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
ALIANÇA EDÊNICA
 
Em Gn l ,27-28, começa a "Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica da vontade divina.
O homem foi colocado em um ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das conseqüências da desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente, Ef l. 10; I Tm 2.14. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal, Gn 3.24. Nesta Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o Senhor andava no jardim na viração do dia, Gn 3.8 homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito.
O homem possuía por intuição, e não por um processo didático, uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele; mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada.
A Edênica, que determina a vida e a salvação do homem.
 
Esta aliança tem seis elementos, onde o homem e a mulher haviam de:

1. Encher a Terra de uma nova ordem - a humana;
2. Subjugar a Terra, para o proveito humano;
3. Ter domínio sobre a criação animal;
4. Zelar do jardim;
5. Comer ervas e frutas;
6. Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
A penalidade pela desobediência desta última ordenação era a morte.

O Elemento Estranho

Satanás, cujo único desejo era introduzir confusão no ambiente de paz. O ardil usado foi a "Dúvida" que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada.
Em Gn 2.16,17: Deus disse: "... mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela mo comerás". O homem, com seu livre-arbítrio, estava sendo testado.
 
Verifique os passos que o homem deu para sua queda:

l°)ver;
2°) cobiçar;
3°) tomar;
4°) esconder;
5°) transmitir;
6°) morrer.
 
As Conseqüências da Queda do Homem

1°) Conhecimento do mal;
2°) A perda da comunhão com Deus;
3°) Separou-se de Cristo;
4°) A alma do homem ficou em estado de morte;
5°) A perversão da natureza moral;
6°) Tornou-se escravo do pecado e de Satanás.
7°) Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados
funestos).

As três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice:

1°) A concepção multiplicada;
2°) O aumento de dores durante a maternidade, e
3°) Sujeição ao domínio do homem.
Vedado o Caminho da Árvore da Vida, Gn 3.24.
Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos a morte física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo.
Em Gn 3.15, encontramos a Primeira Promessa do Redentor.

BIBLIOGRAFIA:
OLSON, Nelson Lourenço. Plano Divino Através dos Séculos.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada.
HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Vida Nova.
TOLEDO, Alcino Lopes. Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo.
Autor: Pr. Alcino Lopes de Toledo
Dicionário Ebenezer