sábado, 30 de julho de 2016

Aprenda a julgar a profecia




Estes são os três domínios comuns de
profecia e com os quais o aprendiz pode
praticar seu dom com toda a humildade e
sem medo contudo com reverência santa
para edificação, exortação e conforto.
1 Coríntios 14:31 diz: “Porque todos
podereis profetizar, um depois dos outros;
para que todos aprendam...”
Obviamente, existe alguma coisa para se
aprender. Sustenta a razão de que quando
alguém está aprendendo irá, inevitavelmente,
cometer alguns erros. Estes erros não devem
ser obstáculos para quem deseja seguir
ao Senhor com humildade e sinceridade.
O aprendiz deve permanecer dentro dos
domínios do aprendizado de:
1. Edificação
(a formação do ouvinte, em fé e amor ao
Espírito Santo);
2. Exortação
(o desejo do ouvinte de apressar-se em
direção à meta, com um amor e uma atividade
mais poderosos);
3. Consolo
(levar o consolo aos acusados, aos feridos,
aos aflitos).
João 3:17 declara que “...Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para que condenasse
o mundo.” Romanos 8:1 declara:
“Portanto agora nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus...”
Quando, em vez de consolo existe condenação,
ela deve ser rejeitada. Romanos
8:34 pergunta: “Quem os condenará? Pois
é Cristo quem morreu...”
Tenho encontrado um crescente interesse
na maravilhosa e poderosa operação de
um dos Dons do Espírito: o Dom de Profecia
– que revela as expressões vocais do
Espírito através da mente e dos lábios de
um homem ou de uma mulher.
1 Coríntios 13:9 mostra “Porque, em
parte conhecemos, e em parte profetizamos.”
A Palavra mostra que a profecia está em
estado imperfeito e está “em parte.”
1 Tessalonicenses 5:20, 21 diz: “Não
desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende
o bem.”
Não desprezar as profecias é uma palavra
de ordem. Mas as palavras que seguem,
“Retende o bem” insinua claramente que
existirão coisas que não serão boas e, portanto,
não devem ser retidas firmemente.
Não devemos desprezar o dom nem as
suas funções, contudo devemos reconhecer
os canais através dos quais ele surge.
Portanto, a profecia deve ser provada e
julgada cuidadosamente antes de ser aceita
como uma palavra exata e verdadeira do
Espírito de Deus.

1 Coríntios 14:3 declara: “Mas o que
profetiza fala aos homens para edificação,
exortação e consolação.”
Ele sepultou toda a nossa condenação
na cruz.
Portanto, a profecia da condenação pode
nunca ter sido obra do Espírito Santo. O
Espírito pode admoestar, exortar e repreender,
contudo Ele o faz com muito carinho,
influenciando a pessoa para o arrependimento
e o amor, mostrando sempre a saída
para o problema. O Espírito Santo jamais
deixa alguém num buraco profundo de
depressão e condenação, sem misericórdia
nem esperança para erguê-lo novamente
para a graça do Seu terno perdão.
Tais palavras proféticas condenatórias,
as quais são comumente rudes e devastadoras
para o ouvinte, devem ser reconhecidas
como sendo de um outro espírito, e não
como do Espírito de Cristo.
As Escrituras declaram claramente que a
profecia pode ser sugerida por uma das três
fontes:
1. Um Espírito Humano
– alguém falando o que está no próprio
coração (Ez 13:2,3).
2. Um Espírito Mentiroso
– do diabo (2 Cr 18:21).
3. O Espírito Santo
O verdadeiro espírito de profecia, do alto,
movido pelo Espírito Santo.
4. Uma Mistura de Todos Três
A profecia pode ser uma mistura de qualquer
um dos três acima.
Há o exemplo clássico do Apóstolo Pedro
falando a Palavra de Conhecimento,
quando ele disse: “Tu o Cristo, o Filho de
Deus vivo.”
Jesus comprovou que a carne e o sangue
não revelaram a Ele, mas o Pai. A fonte daquelas
palavras poderosas era o Pai.
Então, alguns minutos mais tarde, Jesus
Se voltou e repreendeu Satanás, falando através
dos lábios do mesmo apóstolo.
Jesus estava mostrando quão facil e rapidamente,
o espírito iníquo podia falar através
dos lábios de alguém que ama o Senhor, sem
que esse alguém nem mesmo percebesse.
O que Pedro falou foi para alertar os
ouvidos imprudentes. Jesus percebeu o intento
destrutivo de Satanás para introduzir
a auto-piedade.
Há três outros domínios de profecia que
estão mais expostos ao engano e, devido à
sua verdadeira natureza, devemos ser cautelosos
com relação a eles. Esses três domínios
são:
1. Quando é Uma Palavra de
Conhecimento
“Os segredos do seu coração ficarão
manifestos” (1 Co 14:25) – um efeito da
Palavra de Conhecimento.
2. Quando é Predição
– coisas que estão por vir – um efeito
da Palavra de Conhecimento.
3. Quando é Orientação
– um efeito da Palavra de Sabedoria.
A “orientação” errada pode causar uma
destruição maior na vida dos filhos de Deus
e é o domínio onde os espíritos iníquos mais
se regozijam em entrar.
1 Samuel 10:1-10, mostra claramente o
funcionamento desses três domínios proféticos.
Primeiro, Samuel revelou o segredo do
coração de Saul – que ele estava procurando
os jumentos perdidos. Depois, ele fez uma
predição: deu três indícios do que iria acontecer
num curto espaço de tempo:
• Saul encontraria dois homens que diriam,
“Os jumentos foram encontrados.”
• Depois, ele encontraria três homens
com três crianças, três pães e uma
garrafa de vinho. Os homens lhe dariam
dois pães.
• Aí, então, Saul encontraria um grupo
de profetas vindo do alto com saltérios,
tambores, flautas e harpas e que
profetizariam. O Espírito do Senhor
viria sobre Saul e ele profetizaria.
Todas as predições se realizaram. E veio,
então, a obediência à orientação que Samuel
havia dado:
“Descerás diante de mim a Gilgal; ali
sete dias esperarás, até que eu venha a ti.”
Saul obedeceu à orientação, quando todas
as outras predições se concretizaram.
Muitas vidas têm sido prejudicadas e
levadas pela confusão, pelo uso errado da
profecia. Contudo, a Palavra nos diz claramente:
“Não desprezeis as profecias” (1
Ts 5:20). Depende de nós, encontrar o caminho
certo para o alto dessa gloriosa montanha.
Tenho testemunhado alguns dos mais
surpreendentes benefícios feitos através do
precioso Dom de Profecia. Não é de admirar
que através da falsificação das palavras,
o inimigo deseje enganar e fazer com que
este maravilhoso processo de Deus caia em
descrédito.
Se a profecia pessoal revela um futuro
ministério de grande importância, e o nosso
ego se infla por causa disso, então existe alguma
coisa errada em nosso coração: o orgulho
está lá. Devemos correr para o Senhor
para que nos libertemos de tal sentimento.
Quando a profecia pessoal revela um futuro
ministério de grande importância e faz
com que caiamos de joelhos aos pés do Senhor,
com profunda humildade, ela pode
ser uma ajuda e uma bênção.
Quando o Senhor falou uma palavra profética
a Saul, no caminho para Damasco,
Saul jejuou e orou durante três dias (Atos
9:3-11; 26:13-18)
A condição de humildade de coração é
sempre o lugar seguro. Satanás disse: “Eu
subirei ao céu” (Is 14:13,14).
Subir é a direção que Satanás sempre
toma.
Jesus, primeiro desceu (Ef 4:9); por essa
razão Seu Pai O exaltou. Jesus sempre desceu
(Fp 2:7,8).
“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim,” Ele diz “que sou manso e
humilde de coração” (Mt 11:29).
Nem o leão nem seus filhotes jamais passaram
naquele caminho (Jó 28:8).
 “Por boca de duas ou três testemunhas
será confirmada toda a palavra” (2
Co 13:1). A lei da confirmação é um importante
“deve” no julgamento e aprovação de
uma palavra profética. Deus está sempre
pronto para confirmar a Sua Palavra com
sinais e maravilhas.
As palavras proféticas não importantes
– especialmente aquelas que lidam com orientação
ou que afetariam a nossa vida – não
devem ser aceitas sem a completa confirmação.
O seguinte versículo mostra a confirmação
da profecia ao que Deus havia dito:
“Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a
obra a que os tenho chamado’’ (At 13:2).
Isto significa que houve uma palavra anterior
para eles.
A palavra profética deve ser exposta ao
julgamento daqueles que foram instituídos
profetas e homens de Deus. Somos seriamente
advertidos:
“Amados, não creiais a todo o espírito,
mas provai se os espíritos são de Deus;
porque já muitos falsos profetas se têm levantado
no mundo” (1 Jo 4:1). As Escrituras
dizem:
“E falem dois ou três profetas, e os outros
julguem” (1 Co 14:29).
Isto sustenta a razão de que alguém que
não tenha o dom da profecia, não está qualificado
para julgar, salvo nos princípios
fundamentais dos critérios já mencionados,
ou na Palavra escrita.
Mas é melhor que o espírito da expressão
vocal seja deixado para o julgamento
dos homens qualificados no campo da profecia.
É sempre um sinal de advertência se alguém
se recusa a ter a sua palavra de revelação,
profecia ou expressão, trazida para julgamento
e confirmação pela Palavra escrita
de Deus.
É melhor rejeitá-la imediatamente, pois
indiferentemente do quanto a profecia possa
ser correta, e de quão maravilhoso é o êxtase
do momento, se ela é contrária à Palavra,
então não a receba sob nenhuma condição.
O verdadeiro homem de Deus recebe o
julgamento com alegria. O Espírito de Cristo
dentro dele o faz “sem parcialidade e
sem hipocrisia” (Tg 3:17). Ele está sempre
pronto para admitir que é imperfeito na sua
matéria e que não é, de modo algum, infalível.
Em outras palavras, nós sabemos somente
“em parte” e profetizamos “em parte.”
Não desprezemos nem evitemos este extraordinário
processo do Espírito de Deus
– sejamos “espertos como as serpentes”.
Não nos deixemos entrar em controvérsias
ou em disputas, e nem permitamos receber
qualquer expressão vocal que pretenda ser
a Palavra infalível de Deus, sem uma confirmação
apropriada.
Não permita que alguém empregue a autoridade
sobre você dizendo “Sim, sim, assim
falou o Senhor”. Se Deus falou, então
eu não preciso brigar para prová-lo.
Deste modo, irmãos, sejamos espertos e
humildes e procuremos glorificar o nosso
Deus, mas sem desprezar, sem ignorar e
sem evitar as profecias. Desfrutemos de suas
poderosas bênçãos e do poder de toda a
sabedoria do Espírito Santo. Com grande
humildade em nossas mentes “prossigamos
até a perfeição” (Hb 6:1).
Referência: cajado do Pastor