sábado, 21 de janeiro de 2017

Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza.



Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza.
1º TRIMESTRE DE 2017
ADULTOS – As Obras da Carne e o Fruto do Espírito
Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
COMENTARISTA: OSIEL GOMES
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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Ibotirama – Bahia
Avenida J.K. Nº 345 Centro Cep. 47.520-000 (77) 3698-3367
Comentário – Pastor Josaphat Batista Soares
 
LIÇÃO 04
ALEGRIA, FRUTO DO ESPÍRITO; INVEJA, HÁBITO DA VELHA NATUREZA
 
INTRODUÇÃO
– A Alegria é fruto da graça de Deus e da habitação do Espírito Santo no crente. É espiritual, presente em toda e qualquer circunstância.
 
I – TEXTO BIBLICO
– (João 16.20-24).
20. Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
21 A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
22. Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.
23 E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
24. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.
1 – Síntese Textual
– O texto da lição bíblica é um recorte de um dos últimos diálogos de Jesus com seus discípulos. O Mestre vê diante de si o Gólgota, a cruz, os espinhos, o escárnio, a solidão (v.32), e conseqüentemente a aflição dos discípulos pela sua morte. O tema dos versículos 20-24 (alegria) é uma réplica à tristeza dos discípulos em 16.6: “Antes, porque isso vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza”. Entretanto, o desalento dos discípulos receberia o devido consolo: “Não vos deixarei órfãos […] rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16,18).
A alegria mencionada por Cristo neste capítulo de João procede do Espírito Santo. Os atributos da alegria espiritual incluem: alegria frutificadora (v.21), alegria interior (v.22), alegria perene (v.22), alegria plena (v.24). A tristeza dos discípulos resultou da morte e paixão de Cristo, mas a alegria, do poder da ressurreição. Na morte do Messias, os homens se alegraram, enquanto os discípulos se entristeceram, no entanto, na sua ressurreição a tristeza destes se converteu em alegria (v.20). Cristo vive! Esta é a razão pela qual o santo gozo do cristão não pode ser abalado.
 
ARGUMENTAÇÃO BÍBLICA
 
I – A ALEGRIA NA BÍBLIA
 
1 –  Definição. Em Gálatas 5.22, a palavra alegria (ou gozo) é tradução da palavra original chara. Este termo bíblico não significa alegria proveniente das coisas terrenas, mas, do exemplar relacionamento com Deus. É mais que felicidade momentânea. A alegria, como fruto do Espírito, é uma qualidade de pleno prazer, e independe das circunstâncias, ou seja, é constante em qualquer situação, quer boa, quer crítica, porquanto está fundamentada em Deus.
2 – O fundamento da alegria. O apóstolo Paulo escreveu aos filipenses a epístola conhecida como “A Carta da Alegria”. Duas vezes, no quarto capítulo, Paulo declarou ter aprendido a viver contente em qualquer situação (Fp 4.11,12). Naquele momento, o apóstolo dos gentios estava na prisão esperando seu julgamento. Qual era a fonte de sua satisfação? Como poderia estar contente diante da falta de liberdade? Era o Espírito Santo que produzia em Paulo o fruto da alegria. Seu prazer estava fundamentado em Cristo, e não nas circunstâncias ou no bem-estar físico.
3 –  Melhor que felicidade. A alegria, como fruto do Espírito, não depende das circunstâncias exteriores. Ela permanece até nas dificuldades, porque é desenvolvida no interior do crente pelo Espírito Santo. Isto foi reconhecido por Paulo ao escrever aos tessalonicenses (1Ts 1.6). Esta virtude é infinitamente melhor que a felicidade oferecida pelo mundo, é o que apóstolo Pedro chamou de “gozo inefável e glorioso” (1Pe 1.8); está à parte de todos os níveis de contentamento puramente humanos. É resultado da fé em Deus (Rm 15.13). Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza.
 
 II –  AS FONTES DE ALEGRIA ESPIRITUAL
 – Quando Deus é o manancial de nossa alegria, nada consegue reduzi-la! É uma satisfação perene e abundante, uma vez que se origina nEle. A seguir, consideraremos algumas fontes de alegria espiritual.
1 –  A salvação. No momento em que uma pessoa recebe o perdão de seus pecados, é como se o peso do mundo inteiro lhe fosse tirado dos ombros. Jesus, ao entrar em nosso coração, traz alegria inefável. Maria se alegrou ao ser escolhida como instrumento de Deus para Cristo vir ao mundo (Lc 1.46-49). 0 próprio nascimento do Salvador foi motivo de celebração (Lc 2.10-14). Em muitos salmos, Davi expressou alegria por sua salvação (Sl 13.5; 31.7; 32.11; 35.9).
2 – Os atos poderosos de Deus. Ao longo do Antigo Testamento, observamos o Todo-Poderoso agindo em pessoas que o amavam e o serviam. Deus atuou em nosso benefício, ao preservar a nação de Israel, na qual nasceria o Messias, e ao entregar o seu único Filho como remissão por nossos pecados. Ele operou grandes maravilhas no passado e ainda hoje, pelo poder do Espírito Santo, convence o homem do pecado, leva-o ao arrependimento, honra a pregação da sua Palavra, batiza com o Espírito Santo, supre as necessidades, cura as enfermidades etc. Tudo isso alegra sobremaneira nosso coração.
3 – O Espírito Santo. A alegria é produto do Espírito Santo, cuja morada é o interior do crente. Faz parte da própria natureza do Espírito! Esta virtude era característica dos crentes da igreja primitiva. Por quê? Em razão de serem cheios do Espírito. Eles poderiam sentir-se desanimados, ou amedrontados, ou solitários. No entanto, haviam aprendido que, em qualquer situação, a alegria proveniente do Espírito tornava-se em fonte de força, ajudando-os a transpor as adversidades.
4 –  A Presença de Deus. O próprio Deus é a fonte de toda a alegria (Lc 1.47; Fp 4.4). Na presença do Senhor encontramos esta gloriosa virtude (Sl 16.11). Em João 20.20, lemos que os discípulos se alegraram ao verem o Senhor. Ir à casa do Senhor é motivo de alegria (Sl 122.1).
5 – A bênção de Deus. A bênção de Deus resulta em alegria (Sl 126.3). Confiar em Deus traz contentamento, porque conscientizamo-nos de sua suficiência para suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19). Além disso, alegramo-nos ao vermos nossos irmãos serem abençoados (1Ts 3.9).
 
 III – O SOFRIMENTO E A ALEGRIA ESPIRITUAL
 1 – A Relação entre o sofrimento e a alegria. Há forte vínculo entre esses dois estados. Segundo as Bem-Aventuranças de Jesus, haverá o dia em que Deus recompensará os que, por amá-lo, suportaram as injustiças do mundo (Mt 5.3-11). Muitas passagens bíblicas associam sofrimento à alegria (1Ts 1.6; Hb 10.34; Tg 1.2; 5.11; 1Pe 4.13). Note que, nelas, a alegria está relacionada à esperança do cristão, a qual está baseada em sua futura glória no céu — o prêmio para os que vencerem as provas e tentações desta vida.
2 – O sofrimento e a alegria nos primórdios da Igreja. Em virtude da obediência à ordenança do Mestre para proclamar o evangelho, os cristãos primitivos enfrentaram muitas perseguições. Entretanto, esta situação não lhes tirava a alegria! Em Atos 13, vemos que os discípulos estavam sendo perseguidos e forçados a deixar a cidade na qual estavam pregando as Boas Novas. Não obstante, no versículo 52, lemos: “E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo”. Esse comportamento pode ser observado em várias passagens de Atos (5.41; 16.25).
3 – A alegria de Jesus no sofrimento. Em Mateus 26.30, Jesus sabia que estava defronte da sombra do Getsêmani e do Calvário, os quais denotavam sofrimento, vergonha e morte. Contudo, cantou com os discípulos depois de celebrar a última Páscoa. Como ele podia se alegrar nesta situação? Porque estava cheio do Espírito Santo. Sempre que me sinto desanimado, lembro-me de Jesus, o qual suportou os momentos difíceis sem perder de vista suas perspectivas (Hb 12.2,3).
 
IV –  OS OBSTÁCULOS À ALEGRIA ESPIRITUAL
 1 – Desânimo e dúvidas. Pessoas desanimadas e tristes perdem o entusiasmo pela vida, a vontade de trabalhar; só lamentam e choram (Sl 137). Os discípulos de Emaús estavam tão tristes, que nem sequer reconheceram o Mestre enquanto permanecia junto deles (Lc 24.16). O mesmo sucedeu à Maria Madalena na manhã da ressurreição (Jo 20.15).
2 – Tudo que impede nosso relacionamento com Deus. A amargura, o ressentimento, a falta de amor, os desejos errôneos, enfim, as obras da carne roubam-nos a alegria do Senhor. No entanto, se mantivermos constante comunhão com o Senhor, seu Espírito será a nossa fonte de santa alegria. Você pode estudar mais no artigo Os perigos das obras da carne.
 
 V – A ALEGRIA ESPIRITUAL E SEUS RESULTADOS
 – Mediante a alegria gerada pelo Espírito Santo, benditos resultados acontecem em nossa vida. As mudanças produzidas pelo Espírito de Deus no caráter são percebidas em nossas reações às circunstâncias e nos relacionamentos interpessoais. Você encontra mais sobre esse assunto no artigo O propósito do Fruto do Espírito.
1 –  Rosto radiante. Já observou aqueles crentes cujo rosto resplandece de alegria? Não nos sentimos felizes por estar perto deles? A face e o comportamento das pessoas refletem seus sentimentos internos, o que existe no profundo de seu coração. O cristão cheio de alegria do Espírito consegue transmiti-la facilmente em sua aparência exterior (Pv 15.13).
2 – Cântico de alegria. Um coração grato e alegre expressa-se com cânticos e louvores ao Senhor (Sl 149; At 16.25). Assim como Paulo ensinou à igreja primitiva, o crente cheio do Espírito expressa sua alegria através dos hinos espirituais (Ef 5.18b-20).
3 –  Força divina. A alegria do Senhor converteu-se em força na vida de Neemias, e deu-lhe coragem para reconstruir Jerusalém (Ne 8.10). Esta virtude encoraja o povo de Deus hoje a prosseguir em sua difícil jornada, porquanto resulta em força divina.
 
OBS: “Algumas versões da Bíblia traduzem gozo por alegria sendo está a felicidade que o crente desfruta no Espírito Santo. O termo grego aqui é chara. O termo charis, traduzido em português por graça, vem da mesma raiz. Charis, a partir de Homero, passou a significar aquilo que promove bem-estar entre os homens. Como atributo do Espírito Santo, a alegria é uma qualidade implantada na alma que teve um encontro com o Deus de toda graça, e visa uma vida de regozijo e de agradecimento ao Senhor. Paulo recomenda aos cristãos filipenses que sejam agradecidos e cheios de regozijo: ‘Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos’ (Fp 4.4). ‘Está alguém contente? Cante louvores’ (Tg 5.13).
O desejo de Deus é ver seus filhos cantando com graça no coração (Cl 3.16). Nas Escrituras, a alegria trazia força e até saúde ao povo de Deus (Ne 8.10; Pv 17.22). A alegria cristã, portanto, não é uma emoção artificial. Antes, é uma ação do Espírito Santo no coração humano, para que este venha a conhecer que o Senhor Deus está no seu trono, e que tudo neste mundo submete-se ao seu controle, até mesmo onde a experiência pessoal está envolvida” (SILVA, Severino Pedro da. A existência e a pessoa do Espírito Santo. RJ: CPAD, 1996, pp.136-7).
Adaptação: 1º Trimestre de 2005 – Título: O Fruto do Espírito — A plenitude de Cristo na vida do crente – Comentarista: Antônio Gilberto – Lição 4: Alegria: O fruto da graça – Data: 23 de Janeiro de 2005.
 
INVEJA, HÁBITO DA VELHA NATUREZA
 
I – DEFINIÇÃO DO TERMO
1 – Inveja:
– No latim, invidia relaciona-se com a noção de "ver" (videre). O prefixo in associado à visão invejosa, que não desgruda dos bens alheios, mostra o quanto há de recusa e de ódio nesse olhar. Inveja (Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio.) Toda a humanidade sofre de uma doença congênita e hereditária chamada "pecado". Ela nasce com o ser humano, e este entranhada no mais profundo de seu ser. As manifestações do pecado são múltiplas e multiformes. A inveja é apenas uma delas.
– Ocorre que a maioria das pessoas tem uma ideia meio "oblonga-arredondada" sobre uma grande parte dos termos e conceitos usados correntemente. No caso da inveja, do amor, do ciúme, do romantismo e milhares de outros. "Todo Mundo" fala sobre isto, mas quando pedimos para que sejam definidos, conceituados, quase ninguém consegue, porque quase ninguém sabe. E quem se arrisca a fazer uma colocação sobre o termo, começa dizendo “para mim". É importante entender que a Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza.
2 – O que é a inveja? Inveja é uma emoção, como quase todos as obras da carne. Uma emoção que é um misto de vários fatores: vaidade, cobiça, frustração (incapacidade) e ódio (ou raiva). Vaidade porque o invejoso é uma pessoa que quer sempre ser o melhor em tudo, o centro das atenções, o objeto dos comentários e dos suspiros alheios; quer ser…. invejado pelos demais.
Nessa ânsia de ser admirado e invejado, o invejoso está sempre querendo mostrar o que tem (mesmo que não tenha), o que é (mesmo que não seja), e o que pode (mesmo que não possa). Cobiça porque nessa ânsia de ser invejado, o invejoso quer sempre o que está além de suas posses e de suas capacidades. Frustração porque o invejoso sofre por não ser ou ter o que acha que deveria ser ou ter. E assim, surge a raiva em seu coração, e assim, a necessidade descarregar essa ira, essa raiva, essa frustração em forma de uma vontade de ferir, de magoar, de destruir, de fazer sofrer…
3 – A inveja sempre tem duas vítimas: o próprio invejoso, e a pessoa de quem o invejoso sente inveja. O invejoso é sempre uma vítima de seu sentimento maligno, porque o faz sofrer. Remói a sua incapacidade, se martiriza e é infeliz por que não se contenta com o que é e nem com o que tem. E a inveja sempre tem outra vítima: a pessoa de quem o invejoso sente inveja. O invejoso sempre ELEGE alguém que tenha algo que o faça ser amado, querido e desejado. Algo que o torne popular.
Uma popularidade que o invejoso quer ter a qualquer custo: uma mulher bonita ou um marido bonito, sucesso, um carro, uma voz sedosa, um bom emprego, bons filhos, uma roupa bonita…. Na história dos reis de Judá e de Israel sempre esteve presente a inveja. Leia os livros de Samuel, Reis e Crônicas e descubra o quanto a inveja fez matar e destruir. Mesmo que não o perceba, ou admita, o invejoso culpa a pessoa invejada pelo seu insucesso, pela sua dor e sua frustração. E aí vem a raiva, o ódio, o desejo de magoar, ferir, fazer sofrer e destruir o "culpado" pelo fracasso desse invejoso em sua ânsia de ser o centro das atenções, o vencedor, o aclamado pelas multidões…
4 – O problema maior da inveja são as suas consequências. Há pessoas que conseguem dissimular e esconder a sua inveja, e não causam nenhum mal senão a si próprio. Mas no mais das vezes a inveja causa dor e destruição. O invejoso sempre dá um jeito de se vingar do invejado, de lhe causar alguma forma de dor e sofrimento (humilhação e constrangimento são os mais comuns…). O invejoso sente uma mórbida satisfação em ver o sofrimento e a dor do invejado. Isso se chama "perversidade". Pregadores e cantores invejosos estão sempre a apontar os erros e os deslizes de quem sentem inveja, e estão sempre tentando expô-los ao ridículo, não raro distribuindo e fomentando (ou fermentando) "informações inverídicas ou distorcidas" (popular "fofoca"). Se você sofre desta doença, reconheça-a, confesse-a e busque a cura. Evite sofrer.
– Uma adaptação do texto: http://vivos.com.br/418.htm – Takayoshi Katagiri – www jesussite.com.br
OBS: "Cobiçar é desejar a propriedade de outras pessoas. Não devemos fixar nossos desejos em nada que pertença a outra pessoa. Não apenas esses desejos nos fariam infelizes, como também pode nos levar a cometer outros pecados, como adultério e roubo. Invejar os outros é um exercício inútil, porque Deus pode propiciar tudo o que realmente necessitamos, mesmo se não nos der sempre tudo o que queremos. Para deixar de cobiçar, precisamos praticar o contentamento com o que temos.
O apóstolo Paulo enfatiza a importância do contentamento em Filipenses 4.11. É uma questão de perspectiva. Em vez de pensar no que não temos, devemos ,. Agradecer a Deus pelo que Ele nos deu, e nos esforçar para ficar satisfeitos. Afinal, o nosso bem mais importante é gratuito e está disponível a todos — a vida eterna, que só é dada por Cristo" (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.462).
Você está satisfeito, a despeito das circunstâncias que enfrente? Paulo sabia como ficar contente, quer tivesse abundância ou estivesse em necessidade. O segredo era buscar a força e a resistência no poder de Deus. Você tem grandes necessidades ou está descontente porque não tem o que deseja? Aprenda a confiar nas promessas de Deus e no poder de Cristo para ajudar você a ficar satisfeito e contente. Se você sempre quer mais, peça que Deus remova esse desejo e lhe ensine o contentamento em cada circunstância.
Ele suprirá todas as suas necessidades, mas de uma maneira que Ele sabe que é melhor para você. […] Paulo estava contente e satisfeito, porque podia ver a vida do ponto de vista de Deus. Ele se concentrava no que deveria fazer e não no que achava que deveria ter. Paulo tinhas as prioridades corretas e era grato por tudo o que Deus lhe dera. Ele havia se separado do que não era essencial, para que pudesse se concentrar no que é eterno" (Manualda Bíblia de Aplicação Pessoal, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.163,164).
 
CONCLUSÃO
– Se tão somente entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante e jamais a inveja maldita imperará sobre nós. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é obra do Santo Espírito “até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19). Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, hábito da velha natureza.
 
 
– Bibliografia
– Bíblia do Pregador Pentecostal (ARC)
– Bíblia de Estudo Palavra Chave (ARC)
– Apontamentos Teológico do Autor
– Dicionário da Lingua Portuguesa Oline
    Comentário Pastor Josaphat Batista – Pr. Presidente da Assembleia de Deus em Ibotirama-Bahia. Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior. Bacharel em Teologia convalidado pelo MEC, Membro do CEECRE (Conselho Estadual de Educação e Cultura Religiosa da CEADEB), Diretor da ESTEADI (Escola Teológica da Assembleia de Deus em Ibotirama). Presidente do Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos de Ibotirama (CONPLEI), Conferencista, Seminarista, Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba.
 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Os chamados Profetas Menores.



 Oseías, Joel, Amos, Obadias, Jonas,Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias — viveram em um período de tempo que vai do século oitavo a.C. ao século quinto a.C.; entretanto, a sua mensagem e ainda atual e pungente para os nossos dias, pois traz princípios e advertências voltados para questões sociais, políticas, familiares e espirituais que se aplicam a realidade de crentes de todas as épocas, alem de conterem revelações
Escatológicas, sobretudo relacionadas ao futuro de Israel, que ainda irão se cumprir, e muitas profecias relativas a Primeira Vinda de Cristo, que já se cumpriram e são atestadas nos Evangelhos.
Os Profetas Menores são assim chamados não porque seus ministérios foram de menor importância em relação aos dos chamados Profetas Maiores — Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Essa designação, que tem origem no cristianismo, expressa apenas o fato de que aqueles foram profetas
canônicos testamentários que deixaram um menor registro de profecias em seus respectivos livros. Na Bíblia hebraica, eles estão contidos em um só volume e foram provavelmente agrupados dessa forma por volta de 425 a.C. por Esdras e a chamada Grande Sinagoga, um grupo formado
por 120 doutores da Lei. Como destaca Isaltino Gomes, “o volume contendo todos os Profetas Menores se constitui de 67 capítulos e 1.050 versículos.
E menor que Isaías, que tem 66 capítulos e 1.202 versículos; que
Jeremias, que tem           52 capítulos     e 1.364 versículos; e que  Ezequiel, que tem 48 capítulos e 1.273 versículos. No entanto, [...] não se deve pensar que a extensão de sua obra possa nos levar a presumir de pouco valor espiritual.
[...] Se tivermos sensibilidade e soubermos ouvir o que o Espírito Santo nos ensina através deles, nossa vida será grandemente enriquecida”. Na literatura judaica, esses livros são chamados de “Os Doze” ou “Os
Doze Profetas” (ou Dodekapropheton, no texto grego da Septuaginta).
Pelo menos desde 132 a.C. (outros datam 190 a.C.), época da
produção do livro apócrifo de Eclesiástico, escrito por Jesus Ben Sirac, que e o primeiro registro conhecido dessa designação: “Quanto aos doze profetas, refloresçam os seus ossos em seus túmulos, pois fortaleceram Jacó, e redimiram-se (da servidão) por uma Fé corajosa” (Eclesiástico 49.12). Quanto a designação crista “Profetas Menores”, ela surgiu na Igreja Latina, segundo afirma Agostinho (345-430 d.C.), bispo de Hipona,em sua obra A Cidade de Deus.
A Atualidade da Mensagem dos Profetas Menores
Deus falou no passado por profetas (Hb 1.1) e a mensagem destes ainda tem relevância para os nossos dias, posto que a Bíblia assevera que “toda a Escritura e inspirada por Deus” (2 Tm 3.16, ARA), servindo para a nossa edificação espiritual,
ou seja, “para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para    que o homem           de Deus   seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra”   (2Tm  3.16,17). Porem, e claro que as profecias e orientações       do Antigo
Testamento    devem          ser vistas sempre a luz de Cristo.
Os apóstolos Mateus e João, e o próprio Jesus, afirmam o cumprimento das Escrituras dos profetas.
Jesus ressaltou que toda a mensagem da Lei e dos Profetas do Antigo Testamento e cumprida em sua regra áurea (Mt 7.12), e os apóstolos Tiago e Paulo     frisaram que   a mensagem dos profetas do Antigo Testamento e essencialmente a mesma da Igreja no Novo Testamento  (At 15.15-17; 26.22,23).    Paulo sublinhou     também que   “tudo que dantes foi escrito [no
Antigo Testamento] para nosso  ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4).
Logo, entendemos que a mensagem dos profetas do Antigo Testamento
“são de máxima importância para a vida espiritual do cristão. A sabedoria e as leis morais de Deus, no tocante a cada aspecto da vida, bem como sua revelação a respeito dEle mesmo, da salvação e da vinda de Cristo, são de valor permanente”. A mensagem dos profetas do Antigo Testamento não era apenas
preditiva. Esses homens de Deus eram, sobretudo, pregadores morais e éticos, vigias, sentinelas levantados por Jeová para despertar e exortar suas respectivas gerações. Durante as dominações assíria, babilônica e persa, Deus levantou esses homens para        ora conclamar           o povo de Israel  ao arrependimento, ora reanimá-los; e, em suas exortações proféticas, eles denunciaram e combateram contundentemente a corrupção, o abuso de autoridade, a injustiça social, a idolatria e o arrefecimento espiritual e a frouxidão moral do povo.
Mas os Profetas Menores, como já afirmamos, também são, sim, notabilizados por suas mensagens messiânicas e escatológicas, de maneira que eles concluem o Antigo Testamento com um clima de esperança e expectativa em relação a Primeira Vinda do Messias e trazendo vislumbres do reino milenar de Cristo sobre a Terra, temas abordados no Novo Testamento. São, portanto, uma excelente porta de entrada para os livros testamentários.
Como bem ressalta Dionísio Pape, e altamente sugestivo que, após o longo silêncio do período intertestamentario, o Novo Testamento se abre com Jesus Cristo e a escolha dos doze apóstolos como pregoeiros da Boa Nova da Salvação. Essa relação histórica entre as promessas dos Doze no fim do Velho Testamento e a sua realização através da missão dos Doze no inicio do Novo Testamento deve despertar no povo de Deus há conhecer mais profundamente os escritos inspirados dos doze profetas menores, que ainda nos falam hoje. [...] A palavra dos profetas menores e uma mensagem de justiça e esperança para hoje.
Muitas são as profecias relativas ao Messias que aparecem nas paginas dos Profetas Menores. Em Oseías, lemos que o Messias seria o Filho de Deus (Os 11.1a 15) e venceria a morte (Os 13.14 c/c 1 Co 15.55-57). Em Joel, foi predito
que o Messias ofereceria a salvação para todos (Jl 2.32 c/c Rm 10.12,13). Em Amós, é anunciado que Deus faria com que o céu se escurecesse ao meio-dia, como ocorreu na morte do Messias (Am 8.9 c/c Mt 27.45,46). Em Miquéias, e predito que o Messias nasceria em Belém (Mq 5.2a c/c Mt 2.1,2), veio da Eternidade (Mq 5.2 c/c Ap 1.8). Em Ageu, e predito que o Messias visitaria o Segundo Templo (Ag 2.6-9 c/c Lc 2.27-32) e que seria descendente do governador Zorobabel (Ag 2.23 c/c Lc 3.23-27). Em Zacarias, o Messias seria Deus encarnado e habitaria entre o seu povo (Zc 2.10, c/c Jo 1.14), seria enviado por Deus (Zc 2.10,11b c/c jo 8.18,19), o descendente do governador Zorobabel (Zc 3.8 c/c Lc 3.23-27), o Servo de Deus
(Zc 3.8b c/c jo 17.4), Sacerdote e Rei (Zc 6.12,13 c/c Hb 8.1), recebido com alegria em Jerusalém (Zc 9.9a c/c Mt 21.8-10), visto como Rei (Zc 9.9b c/c jo 12.12,13), justo (Zc 9.9c c/c Jo
5.30), estaria trazendo a salvação (Zc  9.9 c/c Lc 19-10), seria humilde (Zc 9.9 c/c Mt 11.29), apresentado a Jerusalém
montado num jumento (Zc 9.9 c/c Mt 21.6-9), a pedra de esquina (Zc 10.4 c/c Ef 2.20), rejeitado por Israel (Zc 11.10 c/c Lc 19.41-44), traido e trocado por trinta moedas de prata (Zc
11.12 c/c Mt 26.14,15), as trinta moedas de prata seriam lançadas na Casa do Senhor (Zc 11.13a c/c Mateus 27.3-5) e usadas para comprar o campo do oleiro (Zc 11.13b c/c Mt
27.6,7), o corpo do Messias seria transpassado (Zc 12.10 c/c Jo 19.34)., Eie seria um com Deus (Zc 13.7a c/c Jo 14.9) e seus discípulos se dispersariam (Zc 13.7b c/c Mt 26.31-56).
Em Malaquias, e anunciado que um mensageiro prepararia o caminho para o Messias (Ml 3.1a c/c Mt 11.10), que o Messias apareceria subitamente no Templo (Ml 3.1b c/c Mc 11.15,16), que seria o mensageiro da Nova Aliança (Ml 3.1c c/c Lc 4.43), que o precursor do Messias viria no espírito de Elias (Ml 4.5 c/c Mt 3.1,2) e que esse precursor converteria muitos a justiça (Ml 4.6 c/c Lc 1.16,17).            Divisão dos Livros
Os Profetas Menores podem ser divididos em Pré-Exílicos (antes do Exílio Babilônico) e Pós-Exílicos (depois do Exílio Babilônico). Os Pré- Exílicos são Oseías, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque  Sofonias; os Pós-Exílicos são Ageu, Zacarias e Malaquias.
Outra forma de organizarmos esses livros e olhando para qual público se dirigiam. Dessa forma, podemos dividi-los também em livros com mensagens voltadas ao Reino de Judá (Joel, Miquéias, Habacuquee Sofonias), livros com mensagens voltadas para o Reino de Israel (Amos e Oseías), livros com mensagens voltadas as nações (Jonas, Naum e Obadias) e livros com mensagens voltadas aos judeus remanescentes
pós-exílio (Ageu, Zacarias e Malaquias). Os profetas do Reino de Israel profetizaram no oitavo século; os de Judá, no oitavo e sétimo séculos; e os pós-exílicos, no sexto e quinto séculos.
Portanto, diante do exposto, os Profetas Menores, como parte integrante das Escrituras inspiradas, não devem ficar em segundo plano.