domingo, 3 de março de 2019

A ARMADURA DE DEUS Efésios 6:10-20




          Quando Paulo se despede dos seus, pensa na enorme luta que os espera. Sem dúvida na antigüidade a vida era muito mais terrível que em nossos dias. As pessoas criam cegamente em demônios, diabos e maus espíritos.
          Pensavam que o ar estava infestado desses maus espíritos, todos empenhados em danificar ao homem. Os termos que Paulo usa — principados, potestades, governadores — são todos nomes de diferentes classes de espíritos e demônios.
          Para Paulo o universo inteiro era um campo de batalha. O cristão não só tinha que lutar nos ataque dos homens, mas também nos ataques de forças espirituais que lutavam contra Deus. Nós podemos não interpretar literalmente a linguagem de Paulo; mas sabemos por experiência que o mal é um poder ativo neste mundo. Admitimos que todos temos sentido a força deste mau influxo que tenta induzir-nos ao pecado. Isto é o que em substância pensa Paulo quando fala dos demônios.
          Assim Paulo se prepara para a defesa; e de repente adverte que tem diante dos olhos uma ilustração acabada. Durante todo este tempo Paulo estava encadeado pelo punho a um soldado romano. O soldado estava ali noite e dia para evitar que escapasse; o apóstolo era literalmente um embaixador em cadeias.
          Agora, Paulo era a classe de homem que podia dar-se bem com qualquer pessoa; sem dúvida tinha falado com freqüência com os soldados forçados a estar tão perto dele. Quando está escrevendo levanta o olhar e a contemplação da armadura do soldado lhe sugere uma imagem. Também o cristão tem sua armadura. Paulo menciona parte por parte a armadura do soldado romano, traduzindo-a em termos cristãos.
1-   Cinto da verdade.
Era o cinto que rodeava a túnica do soldado e do qual pendia a espada; o cinto lhe dava liberdade de movimento. Os outros podem conjeturar e andar tateando; o cristão se move livre e rapidamente porque em qualquer situação conhece a verdade. Quanto mais importante é a preparação do cristão como ele enfrenta as forças de Satanás. "Nenhum soldado em serviço ativo", diz Paulo, "se embaraça nos assuntos do dia a dia, para que ele possa agradar aquele que o alistou como soldado" ( 2 Tm 2: 4 ). É triste que tantos cristãos se contentem em deixar as "túnicas" de suas preocupações diárias e as preocupações com a brisa bater à sua volta - continuamente interferir com a sua fidelidade ao Senhor e dando o diabo todas as oportunidades para enredar e derrotá-los com a sua própria hábitos e interesses imaturos.  
2-    A couraça de justiça.
 Nenhum soldado romano sairia para a batalha sem o seu peitoral , um resistente, peça sem mangas de armadura que lhe cobria o torso completo. Foi muitas vezes feitas de couro ou linho pesado, no qual foram costuradas fatias sobrepostas de cascos de animais, ou chifres ou pedaços de metal. Alguns foram feitos de grandes peças de metal moldado ou martelado para se conformar ao corpo. O objetivo desse pedaço de armadura é óbvio para proteger o coração, pulmões, intestinos e outros órgãos vitais.
 No pensamento judaico antigo, o coração representou a mente e a vontade e os intestinos foram consideradas a sede das emoções e sentimentos. A mente e as emoções são as duas áreas em que Satanás ataca mais ferozmente os  crente.  
Para colocar a couraça da justiça é preciso viver no dia a dia, a obediência momento-a-momento para o nosso Pai celestial. Esta parte da armadura de Deus é uma vida santa, para que Deus provê o padrão e o poder, mas para o qual precisamos suprir a vontade. O próprio Deus coloca em nossa justiça imputada, mas temos que colocar na nossa justiça prática.
Quando um homem está revestido da justiça é inexpugnável. Não são as palavras as que defendem contra a acusação, mas sim a vida boa. A única maneira de enfrentar as acusações contra o cristianismo é demonstrar quão bom pode ser um cristão.
3 - As sandálias
Sapatos de um soldado é muito importante , porque a sua própria vida pode depender deles. Como ele segue em bruto, estradas quentes, sobe em cima de pedras irregulares, atropela os espinhos, e vadeia através estradas de pedras irregulares, os pés precisam muita proteção. Um soldado cujos pés estão empolado, corte, ou inchados não pode lutar bem e muitas vezes nem sequer é capaz de levantar-se diante de uma perigosa situação no campo de batalha. Ele não pode muito bem lidar com sua espada ou escudo e não pode avançar rapidamente ou até mesmo recuar. Simboliza o sinal de que alguém estava equipado e preparado para a marcha. Calçados espiritual do cristão é igualmente importante na sua luta contra as ciladas do diabo.  O sinal do cristão é seu afã de estar no caminho para pregar o evangelho e participá-lo a outros. Ele está sempre disposto a comunicar a boa notícia de Cristo aos que não a conhecem. O crente que está em poder do Senhor não precisa temer qualquer inimigo, até mesmo o próprio Satanás. Quando ele vem para nos atacar, nossos pés estão enraizados firmemente no chão sólido do evangelho da paz.
4 - O escudo.
A palavra que Paulo usa para escudo não se aplica ao relativamente pequeno escudo redondo, mas sim ao grande e oblongo que levava o guerreiro pesadamente armado. Uma das armas mais perigosas nas guerras da antigüidade era o dardo aceso. Era um dardo que levava na ponta uma estopa empapada em breu. Esta estopa era acesa ao arrojar o dardo. Mas o grande escudo oblongo era a arma própria para extingui-lo. O escudo era feito de duas placas de madeira grudadas. Quando um desses dardos chocava-se com o escudo cravava-se na madeira e a chama se extinguia sozinha.
Os soldados que realizaram esses escudos estavam na linha de frente da batalha, e, normalmente, estavam lado a lado com seus escudos, formando uma enorme falange que se estende desde que uma milha ou mais. Os arqueiros ficavam atrás desta parede de proteção de escudos e atirou suas flechas à medida que avançavam contra o inimigo. Qualquer pessoa que se levantou ou agachado por trás de tais escudos foi protegido da barragem de flechas inimigas e lanças.  
A fé pode enfrentar os dardos da tentação. Para Paulo a fé é sempre plena e perfeita confiança em Cristo. Isto significa que a fé é sempre uma estreita relação pessoal com Cristo; quando partimos estreitamente unidos a Cristo nos vemos livres da tentação.
5 - A salvação é simbolizada pelo capacete.
 A Propósito do capacete, naturalmente, era o de proteger a cabeça de uma lesão, particularmente a partir do facão perigosa utilizada no combate de que dia. O fato de que o capacete está relacionado com a salvação indica que golpes de Satanás se dirigem a segurança do crente e garantia em Cristo.  Lembremos sempre que a salvação não apenas olha para trás - não significa apenas o perdão dos pecados passados, mas também a fortaleza frente a todo futuro ataque do  pecado. A salvação que está em Cristo nos dá o perdão dos pecados passados e a fortaleza para vencer o pecado futuro.
 Ataque mais perturbador de Satanás contra os crentes é em tentá-los a acreditar que eles perderam, ou podem perder, a sua salvação. Poucas coisas são mais paralisante, improdutivo, ou miserável do que a insegurança. Jesus disse: "Deixo com você, a minha paz vos dou;. Não como o mundo dá, eu dou a você Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize" ( João 14:27 ). Ele disse: "Estas coisas vos tenho dito, para que em mim tenhais paz" ( 16:33 ). Mas como pode um coração duvidar ter paz? Como pode uma pessoa que vive na incerteza contínua sobre a sua salvação ser confortado por tais promessas, quando ele não tem certeza de que eles se aplicam a ele ou que eles vão sempre se aplicam a ele? Se ele perder sua salvação, ele obviamente perde essas promessas também. Como poderia tal pessoa não tem um coração perturbado e com medo? Essas promessas seria um escárnio para ele.
6 - A espada, que é a palavra de Deus.
A palavra de Deus é uma arma que se usa ao mesmo tempo para a defesa e para o ataque. A palavra de Deus é a arma para nos defender contra o pecado e para atacar e vencer o pecado do mundo. Os cavaleiros de Cromwell lutavam com a espada numa mão e a Bíblia na outra. Jamais poderemos derrotar os inimigos de Deus ou ganhar as batalhas divinas sem o Livro divino. Nenhum crente tem desculpa para não saber e entender a Palavra de Deus. Cada crente tem próprio Espírito Santo de Deus dentro dele, como seu próprio professor divina da Palavra divina de Deus. Nossa única tarefa é a de submeter-se a Sua instrução, estudando a Palavra com sinceridade e compromisso. Não podemos alegar ignorância ou incapacidade, só desinteresse e negligência.
Finalmente Paulo chega à arma mais poderosa — a oração. São três as coisas que devemos notar aqui com respeito à oração.
 (a) Deve ser constante. Deve-se orar em todos os momentos da vida. Talvez a maior falha da vida cristã seja que freqüentemente tendemos a orar só nas grandes crises da vida. Só pela oração diária o cristão torna-se forte cada dia.
(b) Tem que ser intensa. Não tem que ser sonolenta, mas sim perseverante. Exige concentração. Uma oração frouxa não leva a parte alguma; exige a concentração em Deus de todas as faculdades.
(c) Não deve ser egoísta; deve abranger a todo o povo consagrado de Deus. Os judeus diziam: "Que o homem se una em suas orações com a comunidade". Penso que freqüentemente oramos por nós mesmos e muito pouco por outros. Devemos aprender a orar tanto e tão intensamente pelos outros como por nós. Finalmente Paulo se encomenda à oração de seus amigos. E não pede o bem-estar e a paz, mas sim a graça de poder transmitir o mistério do evangelho, que o amor de Deus é para todos os homens, para todo mundo. É preciso sempre lembrar que nenhum líder cristão ou pregador cristão podem levar a cabo sua obra se seu povo não sustentar suas mãos com a oração.
Portanto os recursos espirituais dadas por Deus para Seus filhos são para usar, não simplesmente para manter. Pedro declarou: "Seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e excelência". Mas, então, ele advertiu: "Agora, por isso mesmo, também, a aplicação de toda a diligência, no seu abastecimento de fé excelência moral, e em sua excelência moral, o conhecimento; e no seu conhecimento...”Porque, se essas qualidades são suas e  precisam ser utilizadas para o verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo ... Por quanto tempo você pratica essas coisas, você nunca vai tropeçar "(. 2 Pe. 1: 3 , 5-8 , 10 ). O Senhor nos dá comandos para obedecer e equipamentos a utilizar.

          Referências: COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO         (WILLIAM             BARCLAY);     JOHN MacArthur COMENTÁRIO DO NOVO    TESTAMENTO

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