“E o fogo provará qual seja a obra de cada
um”.( 1 cor 3:13).
Não se trata do fogo literal, mas aqui o
apóstolo o aplica às obras; aqui
tem o propósito de testar.
O fogo mencionado aqui representa
a santidade do Senhor,
que reage contra tudo quanto é
mau e diferente dEle,
assim como o fogo natural reage
contra tudo quanto é inflamável
(cf. Dt 4.24; 9.3; SI 50.3; Is 66.15,16; Ml 3.2,3;2 Ts 1.8; Hb 12.29).
Qual é o propósito do teste? Para tornar
manifesta a obra de cada um. O
fogo manifestará: (1) a
base da obra, se foi levada a
efeito pela pregação de
Cristo ou por métodos e
especulações humanas; (2) o
espírito que inspirou a obra, se
foi feita para Cristo ou
para o eu - próprio. Deus não
somente vê o ato, mas a
motivação dele. Considera não
somente o que fazemos,
mas por que o fazemos.
Observemos que o galardão não é
por ser no fundamento,(1cor3:11).
As pessoas descritas nesses
versos são pessoas salvas,(vrs15), já no
fundamento. Como pessoas salvas,
os seus pecados foram
julgados no Calvário, por isso
não precisam comparecer em
juízo juntamente com os
pecadores. Paulo descreve aqui um
julgamento por aquilo que foi
edificado sobre o fundamento
da salvação, ou seja, o serviço
cristão. A salvação é um dom
gratuito (Ef 2.8-10), e não um
galardão; é o serviço cristão
levado a efeito após a salvação
que será recompensado.
Notemos que o fogo neste caso não
é o fogo da ira,
porque testa o ouro e a prata, e
não somente os materiais
inferiores. É o fogo do
Refinador, e não do Vingador.
Toda a obra animada pelo espírito de egoísmo,
mundanismo, inveja,
contenda e
outras atitudes errôneas será
destruída. “Se a obra de alguém
se queimar, sofrerá detrimento
[cf. 2 Jo 8]; mas o tal será
salvo, todavia como pelo fogo”. O
edificador fica contente ao se
safar com vida, assim como alguém
que escapa de uma casa
incendiada, salvo “como pelo fogo”.
Imagine o desgosto do
pobre edificador ao ver o fogo
fazer seu terrível trabalho e
presenciar o colapso da obra da
sua vida. Ele pessoalmente é
salvo pela obra de Cristo, mas seu
trabalho se perde .
Portanto no meio das fraquezas e aflições
do corpo, Paulo é consolado pelo
pensamento de que
as coisas terrenas são por pouco
tempo, enquanto as coisas
celestiais são eternas (2 Co
4.16-18). Continua falando da
grande esperança que o sustém -
um corpo eterno e celestial
tomará o lugar do seu corpo
terrestre.
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